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Artigo 135 encerra discussão alimentada nos bastidores do Vasco; entenda

O novo estatuto a ser aprovado pelos sócios do Vasco no próximo sábado (dia 30), abrindo a possibilidade da criação do "futebol empresa", traz num dos seus artigos resolução que encerra discussão alimentada nos bastidores do clube.

No item "Quarentena", o Artigo 135, inciso IV, diz que membros da diretoria ou dos conselhos terão de cumprir carência de cinco anos antes de ocupar um cargo executivo na SAF.

A razão disso?

Corria nos bastidores do clube, por exemplo, a versão de que Adriano Mendes, o vice financeiro, responsável pela limitação orçamentária do futebol desde a gestão Alexandre Campello, se desvincularia da função estatutária e de seu cargo gerencial no BNDES para assumir posto executivo na administração da SAF.

E com direito a bônus em exercícios superavitários e outras vantagens.

A restrição criada por conselheiros que trabalharam na reforma do estatuto esfria a fervura.

Porque não há dúvidas de que a aprovação da nova "constituição vascaína" é a saída para a recuperação do clube.

A votação de sábado não discute a proposta a ser oficializada pela 777 Partners, interessada em comprar 70% das ações da SAF vascaína.

A Assembléia Geral, por ora, tenta apenas aprovar a possibilidade da privatização do futebol.

A proposta que entrará em análise com o novo estatuto é aquela já conhecida: R$ 700 milhões por 70% da SAF.

Fora o pagamento da dívida de igual valor, reforma de São Januário e modernização de seus CTs - da base ao profissional.

Oferta que parece realmente tentadora, ainda mais depois dos números do balanço de 2021, exibidos na terça-feira (26).

O problema é que enquanto sócios e torcedores dividem as atenções entre a criação da SAF e as fracas atuações do time, a diretoria diverge entre si sobre a forma como Jorge Salgado conduz o futebol.

Não há mais harmonia com os vices-presidentes que representam os grupos que levaram o presidente ao poder, e essa "guerra surda" amplifica as incertezas sobre o sucesso na campanha de retorno à Série A.

O confronto com a Ponte Preta, na noite desta quarta-feira (27), em São Januário, é apenas o quarto do time na Série B.

Mas com três empates nas rodadas iniciais é certo que um novo tropeço trará consequências desgastantes.

O problema é saber quais serão.

O Vasco não tem um projeto esportivo para seu futebol, tampouco quem assuma com firmeza as rédeas da mais importante de suas pastas.

Trocar o comando agora, sabendo que daqui a dois meses a mudança será de paradigma, talvez até de patamar, é como saltar na escuridão do espaço...

Fonte: Extra
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