Carlos De Pena foi apresentado pelo Internacional, hoje (3), e valorizou a chegada ao futebol brasileiro. Mas durante alguns dias, o uruguaio esteve perto de desembarcar no Rio de Janeiro para assinar com o Vasco. O meia-atacante explicou a decisão de recusar a oferta do clube cruzmaltino e exaltou o reencontro com Alexander Medina, com quem trabalhou duas vezes no Uruguai.
Aos 30 anos, De Pena chega ao Inter por empréstimo após deixar a Ucrânia. O jogador teve vínculo com o Dinamo de Kiev suspenso e chegou a negociar com o Vasco.
"Eu tinha possibilidade de jogar no Vasco, estava considerando, mas quando o Cacique me chamou… Sabendo que o Inter é um clube gigante, que ganhou de tudo, foi campeão do mundo foi uma decisão muito fácil", disse Carlos De Pena.
O novo reforço do Inter foi colega de time de Alexander Medina, no Nacional de Montevidéu, e depois foi comandado pelo antigo centroavante, nos primeiros meses da carreira de Cacique como treinador.
"Conheço o Cacique, o estilo de trabalho, então considero uma decisão acertada. Estou muito contente. Estou pronto para trabalhar e ajudar e que os torcedores fiquem contentes com meu desempenho", completou.
A relação entre Medina e De Pena fez o Inter investir no jogador. Emilio Papaleo, vice de futebol, afirmou que o jogador foi indicado pelo treinador e aprovado pela diretoria, com análise de desempenho das temporadas recentes.
"Cacique foi meu companheiro de time, em 2013 e 2014. Depois, foi meu treinador em 2018. Eu conheço ele muito bem. Sei como ele trabalha e acima de tudo, a paixão pelo jogo. Evoluiu muito como treinador e está em um clube enorme. É um orgulho e um prazer ser treinado por ele novamente", declarou Carlos De Pena.
O uruguaio herdou a camisa 14, antigamente usada por Carlos Palacios. O meia-atacante chileno está em negociação avançada justamente com o Vasco, que poderia ter sido o destino de De Pena.
Carlos tem carreira marcada por passagens a Europa. Cria do Nacional (URU), ele já jogou no Middlesbrought, da Inglaterra, e no Oviedo, da Espanha, antes do Dínamo de Kiev (UCR). Na Ucrânia desde a temporada 2018/2019, ele tem dois gols e três assistências em 23 jogos na atual temporada. Na anterior foram sete gols e cinco assistências em 33 partidas.
Confira outras respostas de Carlos De Pena
Onde mais gosta de atuar
Sou um extrema esquerdo e também posso jogar pela direita. Muitas vezes jogue como interno pela esquerda. Já fiz várias funções, mas me sinto mais cômodo como extrema.
A condição física atual
Estou pronto. Meu último jogo oficial foi em dezembro, mas fiz pré-temporada e amistosos. Com a guerra, tudo parou. Mas estou ponto, esperando os papeis para estrear pelo clube.
A guerra na Ucrânia e eventual apoio psicológico no Inter
Foi um momento duro que passei lá na Ucrânia, com meus colegas e com o povo ucraniano. Foram dias difíceis, mas ficaram para trás. Trato de usar isso como experiencia positiva, avançar. Apoio eu tive, acompanhamento, claro. Aprendi muito e tomara que termine logo o que acontece lá na Ucrânia.
Experiência no futebol europeu
Acredito que minha passagem pela Ucrânia foi a melhor, experiência e em um nível físico. Assim, acredito que sou um jogador muito mais maduro. Claro que aqui é diferente, bem físico o jogo e jogando a cada três dias. Mas estou bem e ansioso para estrear, sentir o jogo e ajudar o Inter.
Não ter muitos gols na carreira e como ajuda o time
Me considero um jogador do time. Ajudo o time no que ele precisa. Gosto muito de dar assistências, de entrar na área e fazer gols. Mas também estou disposto a ajudar taticamente. Vou me adaptar ao time, ao treinador. Sempre é mais importante o time ir bem. Prefiro a vitória do time e não pessoal. Se isso significa ajudar a marcar, que assim seja.