Futebol

Jhon Cley relembra jogo contra o Fluminense e fala do amor pelo Vasco

Imagina contratar Ronaldinho Gaúcho e fazer a apresentação dele em um clássico contra o rival no qual você deu um chapéu para trazer? Esse era o favorável cenário do Fluminense contra o Vasco, em julho de 2015. Motivados pela chance de serem líderes do Brasileiro, em partida contra o o rival no Z-4, os tricolores eram maioria no estádio, mas não contavam com um algoz improvável: Jhon Cley.

Hoje, o meia revelado pelo Vasco tem 30 anos. Após passagens por seis clubes no Brasil, um da Arábia Saudita e dois do Vietnã, Jhon Cley está no Brasil, sem clube desde o início do mês, e treina durante as férias. Neste sábado, o jogador irá assistir de casa ao jogo que lhe rendeu um dos momentos mais marcantes de sua carreira.

Fluminense e Vasco se enfrentam pela terceira rodada do Brasileirão neste sábado, às 16h, no Maracanã — mesmo palco onde Jhon Cley marcou o golaço que estragou a apresentação de Ronaldinho Gáucho no rival tricolor. Por isso, o ge entrevistou o meia que foi o carrasco daquela partida.

Festa por Ronaldinho

Após Eurico Miranda dizer que Ronaldinho Gaúcho estava 90% certo no Vasco, o Fluminense atravessou o negócio e anunciou o astro do futebol mundial cerca de duas semanas depois, dias antes do clássico. O Tricolor apresentou R10 aos torcedores uma hora antes da bola rolar no Maracanã, para a festa tricolor.

Após uma semana de provocações e disputas pelo setor Sul do Maracanã, assunto que rende discussão entre os clubes até hoje, o Fluminense chegava embalado e tinha maior presença no estádio. Além disso, tinha chance de assumir a liderança da competição.

O Vasco, que vinha de três derrotas consecutivas, tentava fugir da zona de rebaixamento. O retrospecto não era favorável, mas o clube não perdia para o rival havia três anos.

Depois de ter sido expulso em derrota para a Chapecoense, na 11ª rodada, Jhon Cley recebia uma nova oportunidade entre os titulares do Vasco no clássico. Apesar de todo o contexto, o jogador confessou ao ge que parou tudo antes da partida para ver Ronaldinho de perto.

— Eu lembro como se fosse hoje. Aquela movimentação fora do vestiário, e a gente se preparando para o aquecimento. Perguntei: "o que está acontecendo lá fora?". Eles falaram que era o Ronaldinho Gaúcho chegando. Parei de me arrumar e fui lá vê-lo, porque o cara sempre foi uma inspiração para mim dentro de campo. Parei de me preparar para o aquecimento e fui lá vê-lo. Era meu ídolo — contou Jhon Cley.

Ver o ídolo de infância de perto parece ter inspirado o jogador do Vasco. Se no primeiro tempo da partida, a equipe abriu o placar em gol de Andrezinho, com assistência de Jhon Cley, a etapa final prometia ainda mais.

O Fluminense empatou com um golaço de Marcos Junior, mas o Vasco voltou à frente com uma pintura à lá Ronaldinho. Arrancada pela esquerda, drible e chute colocado na gaveta. Assinatura do "Bruxo", mas autoria de Jhon Cley.

— O lance do gol foi muito bem trabalhado. Quando eu abri espaço para poder receber a bola e vi o Gum na minha marcação, eu girei em cima dele e conduzi bem a bola. Serginho passou pedindo, mas foi uma semana que trabalhamos muito chute de fora da área. Consegui acertar um chute daquele muito bonito e foi um belo gol.

— Ainda mais num clássico, em um jogo muito lembrado, como depois de anos lembram desse. Foi um gol muito importante pra mim.

Passagem pelo Vietnã e amor pelo Vasco

O Vasco foi rebaixado em 2015, e Jhon Cley foi para o Al-Qadisiyah, da Arábia Saudita. Ele teve passagens por Goiás, Boa Esporte, CSA, Caxias, Brusque e Figueirense no Brasil. Além do Mundo Árabe, o meia defendeu o Marítimo, de Portugal, e estava no Vietnã, onde teve temporada de destaque em 2023.

Com a camisa do Cong An Nhan Dan, o meia foi campeão vietnamita, artilheiro e eleito melhor jogador do clube no ano. Após a temporada de destaque, foi para o HAGL, também do Vietnã, mas não teve o mesmo sucesso. Ele rescindiu o contrato com a equipe no início deste mês.

— Foi um país onde eu e minha família nos adaptamos muito bem. As pessoas do país nos acolheram, o campeonato era forte, tem estrutura. Sem dizer do país, que é muito bom para se morar e passear. Fomos felizes lá — contou Jhon Cley.

Apesar das 10 horas de diferença no fuso horário em relação à Brasília, sua terra natal, Jhon Cley tentava acompanhar aos jogos do Vasco à distância. Agora no Brasil, onde treina durante as férias para manter a forma em busca de um novo clube, o jogador declarou a sua paixão pelo time que o revelou. Ele disse que estará na torcida por uma vitória vascaína no clássico deste sábado, mas afirmou que será difícil alguém fazer um golaço como o dele.

Jhon Cley, do Vasco, acerta lindo chute e marca golaço contra o Fluminense, no Brasileirão de 2015

— O Vasco foi um time que me deu oportunidade de virar profissional, foi um clube que me acolheu quando mais precisei, desde a base ao profissional. Foi um clube onde eu me senti muito bem, e um clube onde eu aprendi a amar de coração — disse Jhon Cley, que brincou:

— No próximo clássico agora, contra o Fluminense, eu irei assistir e irei torcer para o Vasco, como sempre fiz. Espero que o Vasco saia vencedor dessa partida, mas acho difícil alguém fazer um gol daquele como o meu.

Fonte: ge
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