Somente nesta quarta-feira, 33 dias após ter se despedido do Vasco, Romulo foi liberado pela Justiça para, finalmente, ser reconhecido como jogador do Spartak de Moscou. A 1ª Vara Cível determinara em 2011 o bloqueio de sua transferência numa eventual negociação, devido à inadimplência do aluguel do Vasco-Barra, centro de treinamento do qual o clube foi despejado.
O juiz, enfim, autorizou a CBF a liberar Romulo, mas, como tudo tem um preço, o Vasco precisou meter a mão no bolso: pagou ao proprietário do Vasco-Barra R$ 500 mil, o equivalente a 5% dos R$ 10 milhões que lhe caberiam como dono da metade dos direitos do volante que está com a seleção brasileira nas Olimpíadas de Londres. Se optasse por não pagar, o Vasco poderia ser suspenso pela Fifa, já que Romulo não teria sua transferência para o Spartak regularizada.
A dívida com o proprietário do antigo Vasco-Barra ainda está em R$ 15 milhões. As partes negociam um acordo e enquanto isso, preventivamente, mais dois jogadores seguem com a transferência, em eventuais negociações, também bloqueada na Justiça: Marlone e Guilherme, revelações da base. Se o Vasco negociá-los, 5% do valor do negócio deverão ser destinados ao abatimento da dívida.