A discussão sobre a urna 7 do Vasco segue agitada. Nesta segunda-feira, 11 sócios que votaram nela entraram com recurso para que sejam incluídos como parte interessada no processo que analisa se os 475 associados estavam regulares.
Ao todo, foram três ações: duas individuais e uma em que nove sócios assinaram juntos o pedido. Eles alegam que estavam em condições adimplentes e, por isso, devem ter seus votos validados na eleição do Vasco. Todos são representados pelo mesmo escritório de advocacia. A diretoria cruz-maltina garante que nada tem a ver com os recursos.
- Eles pedem para entrar como parte interessada na ação para comprovar que o voto deles é regular – explicou o advogado João Basílio, que representa Fernando Horta, autor da ação original que pediu a separação de uma urna.
Um dos sócios que entrou com a ação é Ricardo Vasconcelos, assessor de Eurico Miranda no Vasco. Ele é um dos nomes na lista e também trabalhou como fiscal na apuração dos votos – chegou a se desentender com Fred Lopes, da chapa “Sempre Vasco Livre”, de Julio Brant.
Fiscais de chapa de Eurico e Brant discutem durante apuração
Outro nome relativamente conhecido é o de Gabriel Peralta. Ele é filho de Antonio Peralta, que apoiou Eurico Miranda na eleição e deve fazer parte da diretoria caso a chapa “Reconstruindo o Vasco” seja confirmada como vencedora.
Confira a lista dos 11 sócios que entraram com ação:
- Gabriel de Araújo Peralta
- Ricardo Crispiniano Pereira de Vasconcellos
- Julio Cesar Bento e Silva
- Osmar Marins da Costa
- Leonardo de Miranda Pires
- Leandro de Miranda Pires
- Carlos Alexandre Barbosa
- Mauro Aleixo Bittencourt
- Laercio Riberio da Silva
- Suely Olinda Abalém
- Wescley Pereira da Silva
Julgamento sobre HD é adiado
Nesta terça-feira expira o prazo para que o Vasco entregue os comprovantes de pagamento dos 475 sócios que votaram na urna 7, como determinou a juíza Maria Cecília Pinto Gonçalves. A partir destes documentos, um perito irá averiguar cada nome para chegar a uma conclusão de quem estava apto ou não.
Ainda não há uma decisão, porém, do que fazer com o laudo. Se apenas um sócio for considerado irregular, João Basílio explica que caberá ao perito e à juíza decidir se toda a urna será anulada ou se outra medida será tomada.
- Essa é outra discussão jurídica que vai se travar. O meu entendimento é que essa perícia tem que ser individualizada, porque pode haver sócios regulares nesta urna. O perito vai ter que averiguar voto a voto.
Outra decisão que era esperada para esta terça-feira foi adiada. O julgamento da ação que pede a perícia do banco de dados de sócios que o Vasco possui não tem mais data para acontecer.