Para falar de mais um aniversário do Vasco, o torcedor cruzmaltino ganha de presente um um post especial. Bruno Guedes e Renan Caixeiro escrevem sobre o 111º ano do clube e o que o vascaíno pode esperar para o 112º, que se inicia neste 21 de agosto de 2010.
111º ano do Vasco
Renan Caixeiro
Tenho a responsabilidade de fazer uma breve análise do que se passou nesse ano. Para começar, retomo o que foi escrito no Rivais há um ano, por Bruno Guedes. Temos muito a comemorar nesse aniversário, passado em um ano de virada em São Januário. Depois de tanto sofrimento, tantas desilusões e tristezas, o vascaíno voltou a sorrir. Escrito no dia 21 de agosto de 2009, o texto vem a calhar no aniversário de 112 anos.
De lá até hoje, tivemos momentos de euforia e de sofrimento intenso. Naquele post, Bruno falava sobre a expectativa do jogo contra o Ipatinga, na Série B. Diante de 80 mil torcedores, o Vasco fez 4 a 0, conforme previu o colunista do Rivais. Parece coisa distante, não é? O calvário da Segundona acabou de forma satisfatória. Campeão da Série B 2009, perdeu Dorival Jr. para o Santos e o Gigante da Colina começou 2010 como incógnita. O que seria desse novo Vasco?
No último aniversário, a torcida deu o presente, com uma linda festa no Maracanã!
Tivemos um início de ano muito animador. Goleada sobre o Botafogo por 6 a 0, no primeiro clássico do ano, e time apresentando um bom futebol.Chora não, freguesada foi o post nesse dia. Batemos o Flu nos pênaltis e chegamos à disputa de título. Até deu para acreditar que Vágner Mancini seria a solução. Mas a fase ruim começou naquela final de Taça Guanabara. Perdemos para o mesmo Botafogo, 2 a 0, em atuação medíocre.
O jogo marcou o início de uma fase horrível no Vasco. Saímos de sensação do Rio para o fundo do poço. Incrível como um jogo pode mudar tanto os rumos de uma temporada. Na Taça Rio, eliminação na semifinal frente ao Flamengo.
As fichas estavam todas na Copa do Brasil. Nas quartas-de-final, Vágner Mancini já não era mais o técnico e Gaúcho (lembra?) comandou o 3 a 1 contra o Vitória, que nos eliminou. Perdemos uma chance de ouro.
Com Celso Roth, as coisas mudavam lentamente. O time dava mostras de que poderia melhorar mas propiciou, o que considero, o fundo do poço no 111º ano de história do Vasco. O jogo era Vasco e Guarani, em São Januário, pela 6ª rodada do Brasileiro. Perdemos nos acréscimos, por 1 a 0, para o time de Vágner Mancini! Lembro de acompanhar esse jogo pelo rádio e quase ter um treco de tanta raiva!
A derrota para o Guarani, junto com a derrota para o Botafogo, na final da Taça GB, foram nossos piores momentos nesse 111º ano
Nas palavras de Bruno Guedes no post após o jogo: Não é preciso falar da atuação do time. Ridícula em todos os setores. A ponto da torcida comemorar cartões amarelos, levados por Ernâni e Nílton. Fomos ameaçados por Baiano e Márcio Careca. Meu Deus! É o fim do mundo!. Parecia ser mesmo, Bruno.
E veio a Copa do Mundo. UFA! Alguns saíram, como Celso Roth e Coutinho; outros chegaram, como Zé Roberto, PC Gusmão e Felipe. Eis, então, que fomos surpreendidos novamente. Voltamos no pós-copa como uma das melhores campanhas. Sinceramente, não acreditava nesse time. Mas as atuações consistentes me fizeram mudar de ideia. Eu, cético que sou, até escrevi o post 10 motivos para acreditar que o Vasco briga pela vaga na Libertadores. Você acredita?
Tentei esboçar aqui o que foi esse ano de sofrimento que representa muito na história do Vasco. Saímos da Série B e espero nunca mais voltarmos. Projetar o que vem por aí? Essa tarefa é de Bruno Guedes!
Tem que respeitar!
Bruno Guedes
Como Renan Caixeiro bem falou, o Vasco que começou este ano de 2010, já não é o mesmo. E nessa projeção de como será o ano 112 do Gigante da Colina, não vou falar se vamos ou não, brigar pelo título, ir para a Libertadores. Essa é a nossa torcida, o que desejamos que seja nosso presente. Mas, vou falar da imagem que o Vasco passa ao restante do país.
Zé Roberto e PC Gusmão são dois protagonistas nessa nova virada cruzmaltina
Claro, que manter a invencibilidade que temos desde o pós-Copa, será difícil. Mas, é fato, que saímos do papel de postulante ao rebaixamento, a candidato à vaga na Libertadores. Faça uma coisa. Imagine o confronto entre Vasco e o líder do campeonato há três meses atrás. Expectativa de ser massacrado, não? Pois bem, nesse domingo, enfrentaremos o Fluminense, e apesar do favoritismo ser do time da inveja, ninguém acharia absurda uma vitória cruzmaltina.
E o Brasileirão deve ser assim. Enfrentar o Vasco, para qualquer adversário, será motivo de preocupação. Tenho certeza de que a vaga na Sul-Americana é certa. E se os jogadores seguirem com raça e disposição, a gente pode ir mais longe. Serão três chances, até 21 agosto de 2011, de voltar a conquistar um título de grande expressão: Brasileirão, Carioca e Copa do Brasil (ou Libertadores, quem sabe!?). Se mantivermos esse nosso crescimento, teremos grandes chances nesses dois últimos, que acontecem no ano que vem.
Mas, hoje, depois das coisas que o Renan relatou, nosso fim de martírio na Série B, da queda de produção no Carioca, no início do Brasileirão, estou aliviado em ver esse Vasco diferente. Cheio de garra, de vontade de vencer, e principalmente, que não se submete a qualquer adversário. Cada dia mais, voltamos a ser um Gigante. Não só da Colina, mas, de todo o Brasil.
Encerro em meu nome, e no de Renan Caixeiro, parabenizando a todos aqueles que tem a Cruz de Malta no peito! E deixo vídeo com pedido especial de jogadores e membros da comissão técnica cruzmaltina. Vale a pena conferir e se juntar a essa campanha: