O Vasco da Gama está em vias de ter um dono. Representantes do clube foram até os Estados Unidos para assinar um acordo de compra com a empresa Partners 777, que quer adquirir 70% da SAF vascaína com promessa de investimento de R$ 700 milhões. O negócio ainda depende de uma série de aprovações no Vasco, mas é o primeiro passo da venda.
A Partners 777 é uma empresa norte-americana de investimentos privados que tem participação em várias áreas de atuação, da aviação à mídia e entretenimento -dentro desta última, clubes de futebol. Fundada em 2015, nasceu ligada exclusivamente a serviços financeiros, mas rapidamente diversificou o negócio e chegou no futebol: é sócia minoritária do Sevilla (ESP) e controla 99% do Genoa (ITA) desde outubro; agora chegou a vez do Vasco.
A maior participação no futebol era uma promessa da empresa desde a aquisição do Genoa. Há quatro meses, o diretor-geral do 777 havia reafirmado as intenções de entrar em novos clubes. "Queremos investir em mais equipes. A médio e longo prazo definitivamente queremos estar em outros clubes, inclusive na América Latina", disse Juan Arciniegas na ocasião.
O grupo tem inspiração nos modelos de negócio da Red Bull e do City Group, notadamente as maiores "multinacionais" do futebol, com clubes espalhados por vários continentes. "A sinergia de possuir vários clubes de forma lógica faz muito sentido. Dentro dos limites do que a Fifa permite, podemos construir um valor significativo", afirmou recentemente um dos sócios na Europa, Andrés Blázquez.
Segundo o site da empresa, são mais de 3 bilhões de dólares em investimentos (mais de R$ 15 bilhões, na cotação atual), espalhados por cerca de 50 empresas. Além dos dois clubes europeus, a Partners 777 também tem ações de um time de basquete do Reino Unido (London Lions); uma agência de marketing que atua na NBA (Green Sports Management) e em empresas que negociam direitos de transmissão, como a 1190, que vende a exibição do Brasileirão no exterior.
O negócio com o Vasco da Gama ainda depende de aprovações do Conselho e dos sócios do clube. O documento assinado nos EUA é um "acordo não vinculante", o que significa que o negócio só vai sair do papel depois deste trâmite interno na Colina. O prazo para oficializar a venda nestes termos é de 90 dias. Além dos R$ 700 milhões por 70% da SAF, a empresa assumiria todas as dívidas vascaínas e, talvez, uma reforma de São Januário.
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