Para muitos torcedores o rendimento do Vasco no primeiro jogo da final do Campeonato Carioca, na tarde deste domingo, no Estádio Nilton Santos, deveria ser esquecido, apagado, mas nem tanto. Não porque é possível se tirar algo de positivo na derrota por 2 a 0 para o Flamengo, mas, com certeza, pode servir de exemplo para que o time não repita mais no ano a atitude que o fez sair com uma desvantagem considerável na briga pelo título.
Os números mostram como foi o jogo
Diferentemente da vitória por 1 a 0 diante do Avaí, na quarta-feira passada, em Florianópolis, pela Copa do Brasil, o Vasco entrou em campo com uma equipe mais lenta para a final contra o Flamengo. Talvez a experiência de Bruno César e Maxi López, por exemplo, possa ter sido levada em consideração pelo técnico Alberto Valentim para um jogo tão importante. Mas não deu certo, principalmente no primeiro tempo.
O que se viu foi um time pouco criativo e que não conseguia aproveitar o avanço de seus laterais. O Vasco só chegava ao gol do Flamengo através de bolas paradas e levantadas na área. No mais, foi pouco agressivo. E isso acabou sendo reconhecido por Alberto Valentim na coletiva após o clássico.
- O Flamengo leva uma vantagem para o segundo jogo. Não fizemos um bom jogo, mas não por planejamento. Nós queríamos criar chances. Não estávamos bem tecnicamente e não conseguimos usar bem os laterais. A preparação era para que que o time fosse ao ataque. O time não foi bem, mas estamos vivos.
Percebendo que o time não rendia, Valentim voltou para o segundo tempo com Lucas Santos no lugar de Bruno César. Apostou em uma maior agilidade do meio de campo, que não se encontrava e dava muitos espaços ao rival. Também não deu certo.
Dois erros na defesa que custaram caro
Logo aos nove minutos, o primeiro erro dos dois que geraram os gols do Flamengo. Éverton Ribeiro cruzou da esquerda, Danilo Barcelos afastou mal e Bruno Henrique aproveitou. No segundo, Cáceres dominava a bola do lado direito da defesa, mas perdeu para Arrascaeta, que invadiu a área e cruzou para novamente Bruno Henrique marcar. O Vasco sentiu.
Valentim ainda tentou mais duas substituições para tentar dar uma dinâmica ao time: entraram Yan Sasse e Tiago Reis nas vagas de Marrony e Maxi López, respectivamente. Marrony, assim como todo o time, não estava em uma tarde feliz, mas era um dos poucos que arriscava uma jogada individual pelas pontas.
Fernando Miguel ainda fez três boas defesas na partida e evitou o pior. O Vasco, que teve muita dificuldade para sair jogando de sua defesa, sabe que pode jogar mais. Mesmo em desvantagem, saiu do Nilton Santos acreditando na virada. Porém, antes disso, enfrentará o Santos, na quarta, pela Copa do Brasil. Outra parada dura, que vai exigir muito, mas que pode ser um estímulo para o segundo jogo da final. Um resultado bom na Vila Belmiro vai trazer novo ânimo para o grupo e para a torcida.