Esta não será uma análise tática. Não é possível realizá-la. Porque, por mais planejamento que se possa ter antes de um jogo, nada adianta se não houver execução. Foi o que aconteceu com o Vasco na derrota por 3 a 0 para o Santos, no Maracanã, no sábado.
Alberto Valentim, em seu segundo jogo no comando, deve ter passado muitas instruções. Mas os jogadores não conseguiram executá-las. O jogo do Vasco foi inexistente porque, antes de tudo, os erros técnicos prevaleceram.
Os dois gols do Santos saíram em jogadas parecidas: Gabriel livre na entrada da área para finalizar de primeira. O primeiro saiu aos quatro minutos de jogo, e isso teve seu peso. A partir dali, o Peixe entregou a bola ao Vasco, que não soube o que fazer.
O que se viu foi um festival de passes equivocados, perdas de bola no meio-campo, domínios errados. A cada falha, a confiança diminuía. O Vasco não tinha ideia de como construir uma jogada.
Maxi López, a esperança do Vasco, esteve apagado. Foi receber a primeira bola na área aos 20 minutos do segundo tempo. Simplesmente não era acionado, a não ser em esperançosas bolas longas para brigar com os zagueiros.
Valentim não fez tantas mudanças assim para que o time se apresentasse desta maneira. A A única alteração foi uma pedida por parte da torcida: a saída de Desábato. Ao colocar Kelvin, voltou ao 4-2-3-1 e abdicou de três volantes.
Mas Kelvin foi o símbolo da péssima noite do Vasco. O atacante errou tudo e saiu vaiado. Não foi o único: Lenon, Raul, Andrey, Wagner e Pikachu também tiveram atuação para esquecer.
Por isso, não é possível fazer uma análise tática. Será difícil ter um jogo em que uma equipe de futebol erre tudo.