Ainda faltam últimos trâmites até a assinatura de contrato para o retorno de Philippe Coutinho ao Vasco. Mas o jogador do Aston Villa, que deve confirmar empréstimo de uma temporada ao clube de São Januário, vê na volta ao futebol brasileiro o trampolim para um sonho que não acabou.
Coutinho tem objetivo claro: voltar à seleção brasileira e ao radar da comissão técnica, hoje sob comando de Dorival Júnior. Foi o técnico quem o lançou em 2009 e com quem fez os 44 jogos com a camisa do Vasco até completar 18 anos e ir para a Internazionale (Itália).
Aos 32 anos, o jogador sabe que vai passar por processo de readaptação ao futebol brasileiro depois de 15 anos longe do seu país. Ainda mais por vir do futebol do Catar. Coincidentemente, o mesmo Catar que representou a frustração recente da carreira.
Um dos principais jogadores da era Tite - terceiro artilheiro atrás de Neymar e Gabriel Jesus -, Coutinho foi para a Copa de 2018 e ressurgia no Aston Villa - embora com queda de perfomance mais próximo da Copa de 2022 - até se lesionar às vésperas da convocação final de Tite para o Catar - ele teve lesão muscular no domingo, dia 6 de novembro, um dia antes da lista.
Copa de 2018: auge da carreira
No cenário da Seleção, a escassez de meias-ofensivos é outro fator que alimenta o sonho do retorno de Coutinho para o Vasco como caminho mais curto para a Seleção. Lucas Paquetá, um dos expoentes da geração que foi para o Catar e segue trilha até a Copa de 2026, tem futuro imprevisível com possível condenação por suposto envolvimento em apostas no futebol.
Na Seleção, Coutinho tem 68 jogos, 21 gols - dois deles na Copa de 2018 - e nove assistências - duas também no Mundial da Rússia (2018). Na Copa, viveu o auge da carreira depois de brilho no Liverpool e transferência que ainda está entre as cinco maiores da história do futebol para o Barcelona, em 2018.
No Vasco, o meio-campista vai jogar com dois outros pratas da casa, Souza e Alex Teixeira. Antes de fehcar com o Vasco, Coutinho se informou sobre as movimentações do clube no mercado e ouviu do presidente Pedrinho, um comandante desde os primeiros contatos com o meia, que teria time mais forte na janela de do meio do ano. É a aposta do Vasco e do jogador para unir objetivos: fugir da zona de rebaixamento e, aliado ao objetivo mais modesto vascaíno, ser passaporte para voltar à Seleção.