Abedi chegou ao Vasco em março de 2005 e não precisou de muito tempo para tornar-se o xodó da torcida cruzmaltina. Com muita raça, vontade e amor à camisa do clube, o apoiador assumiu a condição de ídolo, mesmo amargando o banco de reservas na era Renato Gaúcho.
Titular contra o Fluminense, Abedi espera que tenha chegado o seu momento entre os eleitos de Celso Roth.
- Não é fácil participar de quase 120 partidas com a camisa de um grande clube como o Vasco. Desde que cheguei sempre respeitei a posição do Renato, que me deixava como opção para o segundo tempo, mas também deixei clara minha intenção de buscar espaço no time. Jamais me acomodarei na reserva - disse o xodó.
O jogador saiu muito cedo do Brasil para jogar na Suíça, e revelou que aos 16 anos ainda não tinha um time de coração. Hoje, garante ser vascaíno e gostaria de ficar no clube para o resto da vida, criando uma identificação que já não existe mais nos dias de hoje.
- Sou vascaíno de coração e gostaria de ficar no clube para sempre. É lógico que nossa família está em primeiro lugar e um jogador profissional deve estar atento para o lado financeiro, mas seria maravilhoso criar um vínculo eterno com o torcedor do Vasco, que me trata tão bem - disse.
Pai de Róbson e Lorrana, Abedi falou sobre o cartão amarelo que recebeu na partida deste domingo por ter comemorado seu gol homenageando o filho mais novo, que está curado de uma leucemia, mas ainda tenta recuperar o movimento das pernas.
- O juiz disse que eu deveria avisá-lo sobre minha comemoração especial, mas isso não existe. Minha comemoração foi imitando a maneira como jogo bola com o Róbson e foi um gesto de carinho para o meu filho. Não mereci ser advertido - finalizou Abedi.