Tal qual um internauta com problemas no computador, o Vasco desligou o velho PC do comando técnico do time e encontrou em Ricardo Gomes uma nova vida além de um título inédito. Mas é hora do reencontro dos jogadores com o ex-treinador PC Gusmão, no jogo contra o Atlético-GO, neste domingo, às 18h30, no Serra Dourada. Além de tentar uma vitória depois de três jogos, o time quer esquecer o passado recente da pior campanha da história do Vasco em Carioca quando PC ainda era o técnico.
Quem também se esforça para apagar da memória o decepcionante início de ano do Vasco é o ex-auxiliar de PC, Acácio. Ex-goleiro de destaque no clube, ele conquistou quatro títulos na Colina: um Brasileiro (1989) e três Estaduais (1982, 1987 e 1988). Para Acácio, um dos motivos da péssima campanha no Estadual foi a demora para contar com jogadores essenciais ao Vasco.
Não conseguimos ter alguns atletas que contratamos na estreia. E até alguns remanescentes, como o Dedé. Sentimos a falta desses jogadores. Quando perdemos logo na estreia, gerou um abatimento. E logo começou uma pressão muito grande, a cobrança do torcedor, isso mexeu muito com todos. No segundo jogo, perdíamos por 2 a 0, conseguimos o empate, mas perdemos. Foi aí que a coisa começou a degringolar, lembrou Acácio.
Ao contrário do que PC disse na saída do clube em nota, o ex-treinador disse que nunca tive problema nenhum com ninguém , Acácio admite dificuldades no relacionamento do treinador com jogadores mais experientes do time, como Felipe e Carlos Alberto.
A terceira derrota, contra o Boavista, que tem um bom time e até chegou à final do 1º turno, gerou problemas de convívio. A verdade é que esperávamos muito do Felipe e do Carlos Alberto, que tinham um passado de respeito na história do clube, mas eles acabaram não rendendo no início do ano. O Paulo teve que trocá-los nas partidas. E houve insatisfação, o que é natural, porque são atletas que têm nome, contou o ex-goleiro vascaíno.
Para Acácio, a substituição de Felipe em alguns jogos também tinha a intenção de não expor o jogador. A gente preservava o Felipe em alguns momentos. Mas, como o time estava perdendo, talvez ele tenha pensado que assim estávamos colocando a culpa nele. Antes, porém, não tivemos qualquer problema, garantiu Acácio, que lembra do clima maravilhoso na pré-temporada vascaína, em Atibaia (SP), em janeiro.