Após o empate por 1 a 1 contra o Bonsucesso na noite de sábado, em São Januário, o técnico do Vasco da Gama, Adilson Batista, falou sobre o baixo público que o Campeonato Carioca tem levado aos estádios. Segundo o treinador o assunto é antigo, mas pouco discutido pelos cartolas brasileiros. Sem querer levantar polêmica, o comandante cruzmaltino ressaltou que a fórmula de mata-mata é mais condizente com a realidade dos atletas.
“Já tem dados desde 1975 que a média de alguns campeonatos não passa de 5 mil pessoas. Nós queremos mata-mata. Então tem coisas que eu não vou consertar, que a gente sabe e vê. Quem comanda, quem preside, quem dirige... às vezes eles não escutam: jogador não é máquina. Fizemos um jogo quarta à noite, também com chuva. Então tem um monte de coisas, mas para mim está bom. Eu já falei demais”, disse Adilson.
Nem os clássicos da competição, partidas que geralmente atraem grande público, têm estimulado os torcedores a irem aos estádios. A média de pessoas no Carioca em 2014, até a 12ª rodada, foi de cerca de 2,4 mil pagantes por jogo. De acordo com o comandante vascaíno, o resultado negativo nas arquibancadas tem acontecido em todo o País, e não é um fato isolado da competição fluminense.
“Não acontece só no Carioca e sim nos cinco primeiros meses do futebol brasileiro. Mas eu não comando isso, sou empregado”, disse Adilson, que aproveitou para falar sobre o próximo confronto, o clássico contra o Fluminense, no domingo (16).
“Vamos trabalhar para fazer um grande jogo contra o Fluminense e conseguir a vantagem. O Fluminense joga no domingo (hoje) e pode abrir. Fizemos dois bons clássicos, fomos prejudicados em um, como ocorreu em alguns jogos. O Vasco teve algumas dificuldades nesse sentido. Mas isso não é de minha responsabilidade. Vamos nos preparar para fazer um grande jogo”, ressaltou.
Já com o time praticamente montado em sua cabeça para o clássico, o técnico ressaltou que a equipe não está fechada e que, conforme os jogadores forem rendendo nos treinamentos durante a semana, o grupo pode mudar.
“É evidente que já tenho a equipe em mente. Mas o jogador vai se escalando, pela performance, pelo rendimento... Foi o caso do Pedro Ken no último jogo. Contra o Bonsucesso tivemos que improvisá-lo na direita porque o Diego Renan sentiu. Quem entra bem eu vou segurando, moldando, encaixando com o que tenho em mente. Mas o que define a escalação é o rendimento de cada um”, definiu.
O Vasco entra em campo somente no próximo domingo, às 18h30 (de Brasília), quando enfrenta o Fluminense pela 14ª rodada do Campeonato Carioca, no Maracanã. O grupo terá folga de dois dias e só se reapresenta na próxima terça-feira, às 9h30, em São Januário.