O esquema adotado por Adilson Batista no início de 2014 não chega a privilegiar a desenvoltura dos laterais. Os novatos André Rocha e Marlon foram orientados a ter cautela para não deixar a defesa desprotegida, já que há dois atacantes nas pontas para ir à linha de fundo e dois volantes com liberdade. Nos 6 a 0 sobre o Friburguense, domingo, em São Januário, porém, ambos mostraram confiança e tiveram mais destaque.
O lateral direito, ex-Figueirense, deu a assistência para o gol de cabeça de Edmílson. Antes, não escapou de um princípio de impaciência da torcida com sua aparente falta de ritmo demonstrada nos outros jogos. Já o ala-esquerdo, ex-Criciúma, marcou gol em rebote de bola na trave de Montoya e tem até feito boa parceria ofensivo com o colombiano. Adilson gostou da melhora, mas ressalta que não se deve esperar tanta efetividade.
- Não é defendê-los. Só que é importante explicar que cumprem a linha de quatro. Não dá para chegar toda hora. Não trabalho com índio, então não vão os dois desesperados ao mesmo tempo. A característica do jogador é de ir se soltando. Fizeram um jogo que todos gostaram e a tendência é evoluir - afirmou.
O técnico vascaíno apontou os pilares que fizeram a diferença na primeira vitória e que precisam funcionar diante do Audax, nesta quarta, às 19h30m, em Volta Redonda: marcação sob pressão, valorização da posse de bola e poder de fogo. E ainda assim aproveitou para lamentar as dificuldades que vêm tendo para corrigir certos pontos do trabalho devido à curta pré-temporada.
- Temos de ver os pontos bons e os pontos ruins, independentemente do 6 a 0. Mas não pode pôr carga maior, treinar mais porque existe o desgaste do jogo que foi outro dia. Corrige, fala, deixa eles tomarem a iniciativa, que é o que acontece muito no jogo. A gente lamenta demais pelo espaço muito pequeno em relação ao outro compromisso. É o que dá para fazer.