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Advogado de Breno explica motivo do jogador entrar na Justiça

O zagueiro Breno decidiu processar o Vasco na Justiça. Ao alegar a falta de pagamento de salários e demais direitos trabalhistas em atraso e solicitar indenização por conta de um acidente de trabalho, o jogador cobra o recebimento de R$ 13 milhões.

A informação foi publicada inicialmente pelo jornal O Globo. Posteriormente, o ge a confirmou.

Foi na quarta-feira que, por sorteio, a ação foi distribuída para a 71ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. Nesta quinta, a juíza Kiria Simões Garcia deu 15 dias para o Vasco se manifestar e apresentar defesa. O caso está em fase inicial e não há nenhuma decisão tomada.

Breno começou a trajetória em São Januário em 2017, emprestado pelo São Paulo. Na época, o clube paulista aceitou pagar integralmente o salário de R$ 250 mil. O contrato terminaria em dezembro e, um pouco antes (19 de novembro), o atleta teve a primeira lesão no joelho esquerdo - seria operado em 23 daquele mês.

Em janeiro de 2018, as partes acertaram novo vínculo que iria até o final de 2020. Mesma remuneração, porém, agora sob responsabilidade do clube carioca. Neste período, Breno passou por outras quatro cirurgias (três no joelho esquerdo e uma no direito). Conforme o relatado pelos advogados do atleta, em maio de 2018, "voltou a treinar com bola e a exercer sua profissão precipitadamente e ainda com dores".

Filipe Souza Rino, um dos advogados que representam Breno, explicou ao ge que a decisão de buscar a Justiça ocorreu após o Vasco não renovar o contrato, que terminou em 31 de dezembro de 2020. Conforme Filipe, Breno ainda se encontrava em tratamento da última cirurgia, realizada em 14 de novembro de 2019, o que configura acidente de trabalho e a obrigatoriedade de ampliar o contrato.

- Além de ter salários em atraso, 13º, férias, a multa por atraso no pagamento das férias, três anos sem nenhum depósito do FGTS, o Vasco, como qualquer empresa, tem obrigação de prorrogar o contrato quando há acidente de trabalho. O Breno ainda estava em tratamento ao final do contrato, ele não tinha condições de atuar, ou seja, o Vasco tinha de prorrogar o contrato por pelo menos mais um ano, é o que determina a lei. Isso se chama estabilidade provisória. Antes de entrarmos com a ação, notificamos o Vasco, por duas vezes, ainda em janeiro. E o Vasco sequer respondeu. Com essa negativa, como determina a lei, o Breno passa a ter direito a essa indenização. A inércia do Vasco em prorrogar o contrato foi o que desencadeou os pedidos da ação - detalhou o advogado.

A última partida de Breno pelo Vasco ocorreu em 9 de agosto de 2018, quando participou da vitória por 1 a 0 sobre a LDU pela Libertadores. O jogador não atuou nas temporadas de 2019 e 2020.
 

Fonte: ge
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