O Vasco obteve uma vitória nesta segunda-feira(26/05). O recurso para impugnar a final do Campeonato Carioca foi aceito pelo TJD/RJ e será julgado nessa quinta-feira. Marcello Macêdo, advogado do Vasco no processo, comemora o deferimento e diz o que espera do julgamento:
“Foi uma vitória realmente, lutamos muito por isso, ingressamos com um pedido de impugnação, pedido que inicialmente o presidente rejeitou sob a alegação de que era inepta, que o Vasco pretendia transformar um erro de fato em erro de direito. Nossa impugnação repousa num erro de direito, e para que você consiga avaliar com qualidade, precisão e sem nenhuma margem de dúvida, é indispensável que você faça uma avaliação da prova, chegamos a pensar em mandar afastar o presidente, que se manifestou antecipadamente a realização de toda a prova existente dentro do processo que ainda não havia sido realizado e que a principal delas é a oitiva do próprio trio de arbitragem. Foi uma grande vitória, vamos ouvir os árbitros na quinta-feira durante o julgamento e depois de ouvi-los vamos ter uma avaliação se esse erro foi de fato ou de direito. Todos os elementos nos dão a convicção de que o erro foi de direito, tanto que houve um equívoco na súmula, 3 horas depois de terminada a partida, quando todos sabiam que o gol foi marcado pelo Márcio Araújo, ficou consignado gol para o Nixon, os elementos do processo criam dúvidas e a gente tem que apurar isso com profundidade.”
Macêdo afirma que o árbitro Marcelo de Lima Henrique e o auxiliar Luiz Antônio Muniz foram intimados e serão obrigados a prestar depoimentos no julgamento e serão processados em ação cível que o Vasco moverá pedindo reparação de danos:
“Eles foram intimados e vão ter que prestar depoimentos no julgamento. Obrigatoriamente terão que comparecer. Serão réus num processo cível que o Vasco moverá tanto contra eles bem como contra a Federação(FERJ). Aí é uma segunda etapa de reparação de danos pelos prejuízos decorrentes dos erros cometidos, independente se foram propositais ou culposos.”
Jorge Rabello, presidente da Coaf, afirmou que a FERJ não estava adotando meios tecnológicos no Estadual por questões financeiras. Marcello Macêdo acredita que o movimento que o Vasco vem fazendo na Justiça Desportva pode ser o primerio passo para se mudar o parâmetro de como o futebol é conduzido e em especial se forçar a utilização das questões tecnológicas:
“Acredito muito nisso, e acho que tem que se dar o primeiro passo. Não é possível que o futebol seja o púnico esporte em que você não use recursos tecnológicos, você não os usa para mudar resultado de partida, mas o próprio TJD e o STJD se utilizam de recursos tecnológicos para punir jogadores, um atleta que comete infração no decorrer da partida e não é observado pelo árbitro e por meio desses recursos tecnológicos é observado pelos representantes do tribunal e se aproveitam para punir o atleta. Já há aproveitamento para outra finalidade e não há para evitar que resultados sejam interferidos por fatos alheios à realidade do jogo. Isso de que o erro no futebol faz parte do jogo é uma bobagem, os outros esportes evoluíram no sentido de não permitir mais a consumação de erros e equívocos e continuam com uma audiência maior, como o voleibol, o basquete, se há um erro o jogo é interrompido para ver o que aconteceu ali num lance importante, como é no tênis, que tem uma emoção quando a bolinha vai para o replay e todo mundo observando", disse o advogado à Super Rádio Brasil.
Por: Cesar Augusto Mota