Alan Kardec e Leandro Amaral foram reféns do esquema do técnico Celso Roth ontem. Com pouca inspiração de Conca – grande responsável para municiar o ataque – a dupla pôde trabalhar a bola em raríssimas ocasiões e quase não ameaçou a meta adversária.
Na contramão do que foi o restante da primeira etapa, o início do jogo para os atacantes vascaínos chegou a ser animador. Logo a um minuto, Leandro Amaral fez jogada individual e assustou o goleiro Ochoa com um chute de fora da área. Pouco depois, foi a vez de Alan Kardec, em seu único momento de lucidez antes do intervalo, arriscar uma boa finalização. Daí para frente, ele só fez apanhar da bola.
A dupla mostrou estar desafinada.
Dificilmente ocorria uma troca de passes entre os dois e isso facilitava a marcação mexicana. Quando Leandro Amaral teve sua oportunidade mais clara de marcar, foi derrubado na área e o juiz uruguaio ignorou o lance faltoso.
O segundo tempo não foi muito diferente para o setor ofensivo do Vasco. Sem encontrar espaços na defesa adversária, Leandro Amaral e Alan Kardec apenas assistiam ao jogo.
A situação piorou após a expulsão de Júlio Santos.
Com um homem a menos, o Vasco abdicou definitivamente de atacar. O técnico Celso Roth sacou inclusive o atacante Alan Kardec, que teve atuação pífia, e pôs o volante Andrade. A mexida deixou Leandro Amaral ainda mais isolado.
A entrada de Enílton no lugar de Conca amenizou um pouco a solidão do artilheiro vascaíno. Porém, depois do segundo gol mexicano, o time brasileiro ficou entregue, torcendo apenas para o apito final, pois àquela altura o ataque vascaíno já se sentia impotente.