Sair em defesa de um companheiro é comum no futebol. Principalmente se o jogador já tiver passado pelo mesmo problema que o outro. É o caso de Alecsandro, que reprova as vaias a Eder Luis nas últimas partidas e, apesar de ter sido o artilheiro do Vasco desde que chegou, ouviu a manifestação da arquibancada mais de uma vez. Segundo o camisa 9, as críticas devem se limitar ao momento em que o árbitro apita em diante para não atrapalhar mais.
- Vejo isso de uma forma ruim, sou contra, já aconteceu comigo. O jogador precisa de tranquilidade e concentração para jogar. O torcedor tem o direito de questionar, mas eu já fui torcedor também e nunca vaiei meu jogador durante a partida. Temos exemplos de grandes torcidas, como a do Nacional, do Uruguai, que, mesmo eliminado, foi ao jogo contra a gente e apoiou do início ao fim, aplaudindo até a derrota. Nunca vi alguém conseguir render sendo vaiado desde o começo do jogo. É uma minoria que pega no pé, eu sei. Mas queremos que a maioria se faça forte para levar a minoria junto e sermos um Vasco todo forte em campo - disse.
Sem contrato durante 20 dias, enquanto a diretoria não o comprava junto ao Benfica, de Portugal, Eder Luis passou um período de apreensão e perdeu ritmo. Coincidência ou não, embora tenha se mantido em forma, caiu de rendimento. A preparação física cruz-maltina não identifica nenhuma diferença do atacante em relação ao grupo, e o técnico Cristóvão Borges promete confiar na volta por cima dele, que completou dois anos de clube esta semana.
- É um pouco de cada coisa, pelo que olho não tem problema algum com ele. Taticamente, erra como todos vão errar. Dificilmente um jogador se mantém em alto nível o tempo todo. A queda acontece, e pode ser até positiva em alguns momentos. O icentivo maior para o atleta é que o torcedor reconheça tudo de bom que já fizemos. É ruim quando parece que esquece disso. Eder vai viver mais momentos positivos do que negativos. Na prróxima partida, acredito que vá voltar a ser o atacante que a gente conhece - aposta Alecsandro.