O título da Copa do Brasil de 2011 em cima do Coritiba ainda está fresquinho na memória dos vascaínos. Porém, o técnico Cristovão Borges e o atacante Alecsandro, além da conquista, têm motivos individuais importantes para lembrarem de forma positiva do adversário desta quinta, às 21h, em São Januário, em jogo com transmissão em tempo real pelo L!NET.
As recordações do camisa 9 são recentes. Na decisão da Copa do Brasil, fez gol tanto na partida de ida quanto na da volta e contribuiu decisivamente para levar o Vasco ao título após oito anos de jejum.
Já Cristovão tem, além da conquista nacional como auxiliar de Ricardo Gomes, o título de campeão paranaense de 1983, quando era jogador do Atlético-PR e, após empate com o Coxa, levantou o caneco.
Tive três passagens por lá. Nas duas primeiras, ganhei dois títulos. O primeiro foi contra o Londrina, o outro, contra o Coritiba recorda o treinador cruz-maltino.
O curioso é que no time do Coritiba daquela ocasião estava Lela, ídolo do clube e pai de Alecsandro. A rivalidade, porém, ficou no campo:
A relação é muito boa. Ele é um cara muito legal. Uma grande pessoa disse Cristovão.
O artilheiro do Vasco, no entanto, quer deixar de lado tanto o título da Copa do Brasil quanto o fato de ser filho de uma referência no Coxa:
Para mim, não vai ser o Coritiba, não vão ser só as recordações. O que me preocupa é termos vencido um jogo nas quatro últimas partidas.
Bate-Bola
Cristovão Borges
Técnico do Vasco
L!: Como é sua relação com Lela, pai de Alecsandro, que foi seu rival nos clássicos Atletiba?
Cristovão: A relação é muito legal. Ele vem aqui (São Januário) algumas vezes e conversa conosco. No ano passado, quando a gente tinha uma disputa muito grande com Alecsandro e Elton pela vaga no ataque, ficava pensando de brincadeira que o Lela deveria achar que eu estava pegando no pé dele mais uma vez (risos). Mas ele é um cara muito legal. Uma grande pessoa.
L!: Você vê semelhanças no estilo do Lela com o do Alecsandro?
Cristovão: São estilos completamente diferentes. O Lela é goleador, mas um jogador de grande velocidade, jogava pelos lados do campo. Já o Alecsandro é um jogador mais de referência na área, goleador também. Lela tinha que ser marcado sempre de perto. Era muito forte e muito rápido. Eu nem conseguia fazer falta nele porque ele escapava muito rápido da marcação.
L!: E como você enxerga esse jejum de quatro jogos sem gols do Alecsandro?
Cristovão: Saíram alguns jogadores e tivemos desfalques importantes. Com isso, para organizar o time, começamos pela defesa. Arrumamos atrás. Nessa arrumada, o time perdeu um pouco na frente, mas parou de tomar gol. Agora nós vamos procurar uma forma de melhor esse desempenho e acredito que o time irá ajudá-lo nessa volta aos gols.