Já são três jogos sem marcar. O fato incomoda, mas Alecsandro lembra que vem desempenhando nos últimos jogos uma nova função tática pedida por Ricardo Gomes. Jogando mais centralizado e praticamente dentro da área, o camisa 9 tem tentado prender os zagueiros e abrir espaços para os companheiros que chegam de trás. Agora, com a possibilidade de Bernardo ser escalado no lugar de Eder Luis, ele espera que as atenções dos marcadores estejam mais divididas e sobre uma bola para ele voltar a fazer o que mais gosta: gols.
- São características diferentes. O Eder Luis gosta de jogar mais pelos lados, de servir os companheiros. O Bernardo vem se mostrando um finalizador. A sua possível entrada pode chamar mais atenção e, desta maneira, eu posso ter mais liberdade. Não digo que seja frustrante não marcar, até porque estou ajudando o time, mas a vontade aumenta a cada rodada - reconheceu.
Sincero, Alecsandro admitiu que não vem tendo muitas oportunidades claras de finalizar desde o jogo contra o Grêmio. Mas fez questão de explicar as orientações táticas feitas por Ricardo Gomes e garante que irá cumpri-las sem o menor problema.
- Estou tendo muita dificuldade nos últimos três jogos. Devo ter dado dois ou três chutes no máximo. Mas acabo deixando meus companheiros com mais liberdade. O Ricardo Gomes tem me pedido isso. Fico mais próximo à área, prendendo os zagueiros. Tem momentos do jogo que passo cinco, dez minutos sem nem tocar na bola. Só que é uma função tática que tenho de cumprir. Antes de qualquer coisa eu jogo pelo grupo e não por mim. Nunca fui individualista - afirmou Alecsandro, que considera a palavra jejum forte, mas admite que precisa sim ser cobrado pelos gols.
- É a função do camisa 9. Foram três jogos sem marcar e um posicionamento diferente. Mas sempre aceitei as cobranças desde que sejam feitas de maneira justa - finalizou.
A próxima oportunidade de Alecsandro marcar será na quarta-feira, às 21h50m, contra o Corinthians, no Pacaembu. Com 11 pontos conquistados, o Vasco está em nono na tabela do Campeonato Brasileiro.