Ao contrário do que fez contra o Resende, assim que o árbitro Marcelo de Lima Henrique marcou o pênalti a favor do Vasco, Alecsandro avisa que não vai mais pegar a bola, botar embaixo do braço e fazer a cobrança. Depois de perder a terceira penalidade nas últimas três que se apresentou para bater, o artilheiro do Campeonato Carioca garante que vai dar um tempo.
- Se tiver uma cobrança no próximo jogo, vou passar a bola para outro. Mesmo sendo artilheiro do campeonato, preciso ser humilde e reconhecer que preciso parar - admitiu o atacante em entrevista após o empate em 1 a 1 com o Resende, em que marcou de cabeça. - Não fiquei abatido dentro de campo, tanto que depois marquei um gol. Mas, por ter perdido três pênaltis consecutivos, vou rever meus conceitos e passar a treinar mais - comentou.
Além do pênalti perdido contra o Resende, houve os dois no jogo contra o Alianza Lima, do Peru, no início do mês, também em São Januário. O Vasco acabou vencendo por 3 a 2 - inclusive com gol de Juninho em outra cobrança de pênalti que Alecsandro fizeram questão de executar, sem ser atendido.
O técnico Cristovão Borges, ao analisar a partida, evitou colocar a culpa no pênalti desperdiçado. O treinador reconheceu que o desempenho do time foi fraco, especialmente no primeiro tempo. Ele, porém, considerou injusto o empate, devido à quantidade de oportunidades desperdiçadas pelo Vasco na segunda etapa.
- O resultado não foi bom. Não era o que desejávamos. Era muito importante vencer, pois jogávamos em casa, e para manter a liderança. O dever de vencer era nosso. Tivemos muitas dificuldades no primeiro tempo. Não conseguimos sair da marcação do Resende. Na segunda etapa, com as substituições, abrimos mais o jogo, jogando pelos lados do campo. Fizemos o gol do empate e poderíamos ter feito mais - opinou Cristóvão.
O grande defeito do Vasco, na opinião do técnico, foi facilitar a marcação do adversário.
- Adotamos a maneira errada de jogar, diferente do que tínhamos planejado. O Resende estava esperando a gente, ficando postado na defesa, e jogamos muito centralizados, facilitando o trabalho deles. O Allan ficou pelo meio, centralizando toda a marcação, mexendo pouco o ataque. Isso facilitou a marcação - explicou.
Conversa com Carlos Alberto
Com a confirmação da reintegração do meia Carlos Alberto ao elenco vascaíno já a partir da próxima terça-feira, Cristóvão Borges ganha mais uma opção para armar o time. dentro de campo. Ciente do imbróglio que envolveu o retorno do apoiador, que teve reuniões com o presidente Roberto Dinamite para aparar as arestas que o impediam de voltar a vestir a camisa do Vasco, o técnico contou que o jogador esteve na concentração no domingo, antes do jogo contra o Resende.
- Primeiro ele esteve com o presidente. Hoje (domingo), foi nos visitar na concentração. Ficou com a gente, almoçou. Conversamos de forma natural - disse Cristóvão.
Sobre como aproveitar o meia no time, o treinador adiantou que Carlos Alberto não terá que se adaptar a uma nova função. Irá atuar na posição em que sempre sempre jogou.
- Ele tem uma maneira de jogar e irá atuar na função que está acostumado. Vai jogar como meia que chega na frente. Vamos prepará-lo para que treine bem e readquira a melhor forma física e técnica - afirmou Cristóvão, sereno como sempre.