O Vasco vive um verdadeiro caldeirão político. Só uma vitória hoje, sobre o Paraná, às 21h50, em Curitiba, ameniza a instabilidade que levou a CBF, a pedido da polícia militar, a alterar ontem o jogo do próximo sábado, contra o ABC-RN, de São Januário para o estádio do Maracanã.
Fora de casa, porém, o aproveitamento do time sob o comando de Joel Santana não é bom. São duas derrotas, três empates e apenas uma vitória. O time não vence há três jogos seguidos .
O treinador vê a pressão pela classificação à Série A crescer a poucos dias da eleição presidencial. Joel considera apenas duas vagas em aberto no G-4, com Joinville e Ponte Preta classificados de forma virtual. Com 55 pontos, o Vasco é terceiro colocado, seguido por mais cinco equipes com chance de subir em seis rodadas de Série B.
— Entramos para devolver o Vasco à tranquilidade que ele precisa, num momento difícil, de eleição. Eu conheço o clube, precisamos de tranquilidade para nossa torcida — pediu o treinador, repetindo a palavra “tranquilidade” cinco vezes ao londo de toda a coletiva no CFZ.
Joel mantém a rotina de fazer contas pelo acesso. Seu plano inicial era garantí-lo antes da eleição no clube. Agora, a meta é segurar a vantagem para o primeiro time fora do G-4, que hoje é de apenas quatro pontos.
— A vitória nos colocaria em situação confortável. Todos os clubes estão envolvidos, todos os jogos são decisivos, quanto mais rápido somar pontos mais tranquilidade para jogar em casa — avaliou o técnico, prevendo ganhar metade dos onze pontos que faltam para subir nos jogos como mandante.
Fora de casa, o que vier é lucro, admite. A festa do título está distante. E o fim de ano vai ficando dramático.
— Quem tem que correr atrás somos nós e essa galera que vem atrás mordendo nosso calcanhar. Nas três próximas rodadas vamos ter uma ideia. Se não vencermos temos que acalmar o clube com a classificação — disse Joel, prevendo o caldeirão.