Em duas semanas de gestão, o presidente Alexandre Campello já tem uma noção melhor das dificuldades financeiras enfrentadas pelo Vasco. Sua equipe, que mapeia as contas do clube, descobriu dívidas com o FGTS e com o Profut. O passivo referente ao fundo de garantia é de cerca de R$ 26 milhões. Já a pendência com o Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro, que visa ajudar os clubes a quitar suas dívidas fiscais, é de R$ 12 milhões, aproximadamente.
A diretoria do clube já negocia o parcelamento do valor que deve à União. No último dia 2, São Januário recebeu a visita do ministro dos esportes, Leonardo Picciani, ocasião onde a questão também foi discutida. Por causa da dívida, o clube não consegue as certidões negativas de débito para a assinatura de contratos com estatais, como era o caso da Caixa, patrocinadora máster do clube de 2013 a 2017.
Na quarta-feira, o Vasco pagou mais um mês de salários atrasados a jogadores e funcionários. Desde que Alexandre Campello assumiu o clube, há 15 dias, dois meses de salários foram pagos. A diretoria tem apelado a empréstimos para conseguir desafogar a crise financeira. Parceiro do clube, o agente de jogadores Carlos Leite é quem tem socorrido a nova gestão.
Ainda assim, o passivo do clube continua — os salários de janeiro, o 13º e as férias ainda precisam ser quitados. A diretoria está atrás de novas receitas no mercado, já que a esperança de receber o pagamento da Lasa, patrocínio máster assinado no último dia de gestão de Eurico Miranda, é cada vez menor. O clube tenta vender outros espaços na camisa para desafogar a crise.