Depois de passar por quase todos os chamados "pequenos" do futebol carioca, entre eles São Cristóvão, Bangu, Portuguesa, América e Madureira, Alfredo Sampaio assumiu no início deste ano o cargo de técnico do Vasco, ao lado do atacante e também treinador-jogador Romário, ainda suspenso pelo STJD pelo uso da substância proibida finasterida. Pelo Madureira, o treinador conquistou notoriedade ao levar a equipe à final da Taça Guanabara em 2007. Hoje, quase um ano depois, se prepara para o seu primeiro clássico, sábado, contra o Botafogo, no Maracanã, mas garante que não está nervoso.
- Sou muito tranqüilo em relação a essas coisas. Vejo esse jogo como eu sempre vi. Um jogo difícil, complicado, mas a única diferença de outros tempos é que estarei em um grande clube, de igual para igual com uma grande torcida atrás de mim, o que eu não tinha antes e que fazia diferença dentro de campo - disse o treinador. - Quando cheguei àquela decisão com o Madureira eu não tinha uma torcida forte e nem uma camisa de peso. Agora eu tenho - completou.
Apesar de ser tratado por boa parte da imprensa como auxiliar-técnico, Alfredo Sampaio é treinador da equipe juntamente com o Baixinho. Apesar de dizer que não se sente constrangido ao ser tratado como auxiliar de Romário, Sampaio lembra que no futebol americano é comum uma equipe ter dois técnicos.
- Não sei por que usam essa terminologia, mas é claro que me sinto treinador do Vasco. Quem acompanha o dia a dia do clube vê isso, mas não importa a maneira como as pessoas falam. O que importa é como eu me sinto no comando da equipe. Eu estou lá justamente para fazer um trabalho conjunto com o Romário, como treinador do Romário, e isso é o que me interessa - declarou o treinador. - No futebol americano há dois treinadores, um em cima e outro embaixo e não há essa colocação. Se eu tivesse dúvidas das minhas funções e da minha liberdade de trabalho com certeza eu não aceitaria e não estaria aqui - ressaltou.
Após uma estréia ruim, justamente contra o Madureira, seu ex-time, Alfredo Sampaio levou o Vasco a três vitórias consecutivas (1 a 0 sobre o Americano; 3 a 0 sobre o Mesquita; e 5 a 2 sobre o Resende). Para o jogo de sábado, contra o Botafogo, o treinador acredita que a evolução continue, mas prefere não arriscar comentários sobre resultados.
- É lógico que ainda estamos aquém do que deveria ser a equipe, mas percebo uma evolução desde a nossa estréia, contra o Madureira. Estamos ainda um pouco longe do que entendemos como ideal, mas houve evolução sim, principalmente na ordem tática e na parte física. Queira ou não queira, apesar do desgaste, essa seqüência de jogos acaba contribuindo para um condicionamento melhor. Não foi nada muito acentuado, mas foi razoável e vai ser uma escalada normal, até chegar ao ponto ideal - encerrou o treinador.