Futebol

Alisson revela frustração após saída do Vasco

Foram apenas oito partidas no Vasco - seis oficiais, dois amistosos e dois gols marcados. Um deles, logo contra o rival do Cruzeiro, quando marcou o primeiro gol na vitória por 2 a 0 sobre Atlético-MG, recém campeão da Libertadores. Era junho e Alisson, emprestado pelo Cruzeiro na negociação pelo zagueiro Dedé, parecia que ia cair nas graças da torcida do Vasco e se firmaria como titular do clube carioca. Mas as coisas mudaram rápido. A paralisação para a Copa das Confederações, a demissão do técnico Paulo Autuori e a chegada de Dorival Júnior foram os últimos atos antes da despedida de Alisson do Rio. O garoto de 19 anos, que havia sido titular em todos jogos com o ex-treinador, só atuou por mais 45 minutos com a camisa do Vasco.

- Saí no intervalo do jogo contra o Flamengo - 1 a 0, em Brasília, gol de Paulinho. A partir daí não tive mais oportunidade com ele - lembra o meia-atacante, que retornou para Minas Gerais no início de agosto.

O clássico contra o arquirrival foi a última partida de Alisson pelo Vasco. Após esse jogo, com Dorival de treinador, ele ficou mais de um mês treinando separado, fora de coletivos e pouco foi relacionado para as partidas. Foi quando o diretor de futebol do Cruzeiro pegou o telefone, ligou para a jovem revelação do time mineiro e conversou com o atleta.

- O Alexandre Mattos me ligou, disse que estava vendo que eu não estava tendo oportunidade e queria que eu retornasse. Depois, ele conversou com o Cristiano Koehler (diretor geral) e com Dorival, que disse que não iria me aproveitar porque eu não era do Vasco e porque precisava dar chance para a garotada do clube. Então deixei o Vasco - conta Alisson.

De volta a Minas, o meia-atacante participou de nove dos 15 jogos do Cruzeiro desde seu retorno. Em um deles foi titular, mas ainda não fez gol. Questionado sobre o que sentia agora, campeão do brasileiro, ao enfrentar o Vasco em dramática luta contra o rebaixamento, o garoto lembrou do sentimento de amizade e de gratidão que nutre pelo clube, mesmo em tão pouco tempo no clube carioca.

- Fico triste pelo que está acontecendo. Pelas amizades que fiz, pelo carinho com que fui recebido. Tive oportunidade de ser campeão pelo Cruzeiro aqui, mas eu, Dedé, Nilton, todos estamos na torcida para que escapem dessa. Agora, sábado, é complicado. Como profissionais, é nosso trabalho tentar vencer os jogos e dar nosso melhor para o clube - diz ele, que ainda não fez gol nesse retorno ao Cruzeiro.

- Será que sai domingo? Seria uma coincidência do destino. Mas, infelizmente, é nosso trabalho. Vamos tentar sair com a vitória e seguir torcendo para que o Vasco saia dessa.

Embora faça a ressalva que não ficou magoado com a falta de chance com Dorival, Alisson reconhece que estava em seus planos terminar a temporada no Vasco. Os salários dele eram divididos entre o time mineiro e o clube carioca. 

-Fiquei frustrado, chateado realmente. Por tudo que eu estava vivendo, acho que vinha em bom momento, fazendo boas partidas, com as pessoas me elogiando, o Autuori gostando do meu trabalho. Mas não ficou rancor algum. O Dorival me ensinou muita coisa que me fez crescer na vida como atleta - garante o jogador do Cruzeiro.

Conselhos para Marlone

Demorou, mas a saída de Alisson terminou abrindo mais um espaço para a ascensão de Marlone, que só estreou no Brasileiro em agosto e virou titular em definitivo no fim daquele mês. Os dois garotos já se conheciam de competições de base. E podem jogar juntos no ano que vem, porque o Cruzeiro é hoje o favorito em ficar com Marlone, caso, realmente, o meia-atacante vascaíno não permaneça em São Januário.

A primeira tabelinha, porém, já está agendada. Será no dia 22 de dezembro, num jogo beneficente em Rio Pomba, no interior de Minas, cidade natal de Alisson. Outros vascaínos, como Nei, Fillipe Soutto e Pedro Ken, também foram convidados. Há duas semanas, por telefone, Alisson ouviu de Marlone algumas coisas que deixam uma ponta de esperança na torcida vascaína, ressabiada com a possibilidade de perder mais uma revelação.

- Falei para ele escutar o coração e fazer o que ele pedir. Ele não falou que ia sair do Vasco. Disse que deve tudo ao clube, que viveu lá desde novo - revela Alisson, que vê chances de atuarem juntos em breve. - Sei que ele tem várias propostas. Quem sabe nós podemos atuar juntos de novo aqui no Cruzeiro?

 

Fonte: ge
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