Atuar bem, voltar a vencer para sair da zona de rebaixamento, e encontrar o melhor posicionamento para o jogador mais talentoso do elenco ser, enfim, decisivo. O Vasco teve tudo isso na vitória magra, mas fundamental sobre o ótimo Fortaleza em São Januário. Partida de alto nível e intensidade elevada.
A noite chuvosa desta quarta-feira poderia ser de terror. Os resultados dos concorrentes diretos na luta contra o rebaixamento não favoreciam e a bola teimava em não entrar, mas em poucos minutos a situação mudou. Para que as coisas sejam perfeitas até o encerramento da rodada, o Vasco torce para uma derrota do Santos contra o Bragantino.
Escalações
Ramon Diaz teve os importantes desfalques de Medel e Paulinho. Maicon entrou na zaga e Marlon Gomes compôs o meio-campo, abrindo espaço para Payet na ponta-esquerda. Gabriel Pec seguiu como titular e Rossi, recuperado de lesão, ficou no banco.
Vojvoda optou por poupar três de seus titulares. Britez, Bruno Pacheco e Guilherme iniciaram no banco. Marcelo Benevenuto, Escobar e Machuca receberam oportunidade. Marinho, recuperado de lesão, foi mais um a ficar entre os reservas.
O jogo
João Ricardo! Se tem um nome responsável pelo placar em branco na 1ª etapa, este é o goleiro do Fortaleza. Fez ao menos quatro defesas decisivas no período em que o Vasco empurrou o Fortaleza para trás. Com muito ímpeto, velocidade, e intensidade nas pressões pós-perda no ataque, o Cruzmaltino voltou a apresentar um bom futebol diante de sua torcida.
As 11 finalizações na 1ª etapa, quatro delas na direção da meta, falam por si. O lado direito foi o mais produtivo. Marlon Gomes e Gabriel Pec geraram volume com movimentos bem coordenados, agressividade e coragem para arriscar. Bruno Praxedes foi o maior beneficiado ao concluir as jogadas criadas no lado oposto ao que atua originalmente.
Vegetti também mostrou presença de área e levou perigo. Zé Gabriel distribuiu bons passes e ganhou duelos. Lucas Piton e Payet, num ritmo mais brando, tiveram entendimento pela esquerda. O ritmo alto pagou um preço depois dos 30 minutos, quando houve uma natural queda de intensidade e o Fortaleza incomodou.
Por mais que tenha sofrido com a imposição vascaína, o Leão não fez um 1º tempo ruim. Tentou tirar a velocidade do jogo com Caio Alexandre e Zé Welison retendo a bola e distribuindo bons passes em momentos oportunos. Titi os auxiliou. Na sequência foi encontrando meios de levar perigo, principalmente com Machuca pela esquerda.
O atacante argentino foi quem chegou mais perto de balançar as redes. O Vasco mostrou uma boa proteção de área. Não só com boas intervenções de Maicon e Léo, mas com muita concentração de Paulo Henrique, que ainda teve ações interessantes com a bola.
Marlon Gomes sentiu lesão no final da 1ª etapa e foi substituído no intervalo por Rossi. Praxedes passou para a meia-direita e Payet jogou mais centralizado, na meia-esquerda. Pec foi deslocado também para a ponta-esquerda. O Cruzmaltino retomou a intensidade inicial e aproveitou o maior poder de definição de Payet.
Mais presente na região de finalização, o francês não demorou a botar o Vasco na frente ao marcar o seu primeiro gol com a camisa do clube. A resposta de Vojvoda foi sacar Pikachu e Zé Welison. Calebe e Galhardo entraram. Pochettino foi recuado para volante. Na sequência, o argentino deixou o gramado ao lado de Caio Alexandre e Machuca. Marinho, Pedro Augusto e Guilherme entraram.
O jogo mudou de cara. O Vasco passou a se retrair para proteger o resultado e tentar ''matar'' o jogo em contragolpes. Mateus Carvalho e Jair reforçaram a marcação no meio-campo e ajudaram a estancar a pressão do Tricolor que começava a se formar. Calebe e Marinho entraram bem, mas seus companheiros não acompanharam a precisão.
Com pouco espaço para articular jogadas, o time nordestino encontrou dificuldades para achar as soluções, mas assustaram até os tensos últimos minutos e os cariocas seguraram o resultado.