Dois jogos dentro do mesmo jogo.
Vasco do Diniz contra um Brusque lutando contra o rebaixamento, roteiro mais que certo, muita posse do Vasco e o Brusque aproveitando o momento falho já conhecido do Vasco após perder a bola.
Apesar da posse, o mesmo problema dos times do Diniz apareceram, que é a pouca efetividade e ataque ao gol adversário.
Uma quantidade excessiva de cruzamentos, em vários momentos parecendo ser um movimento treinado, com Nenê aparecendo sozinho pelos lados e já cruzando.
Sem jogadores especialistas no jogo aéreo, isso pouco teve efeito.
A aproximação dos jogadores que o Diniz tanto gosta também não estava funcionando, ao contrário, o Vasco não conseguia progredir para setores diferentes, facilitando a marcação do Brusque.
Após a expulsão o jogo mudou, o Brusque saindo da sua "zona de conforto" e o Vasco fazendo um 4-4-1 em bloco mais baixo.
Uma mudança circunstancial acabou por resolver a partida, com a entrada de Válber e com deslocamento do Ricardo para a esquerda, Zeca foi para o lado direito.
Com um passe perfeito para Nenê concluir.
Com a entrada de Daniel Amorim, o Vasco consegue prender um pouco mais a bola no ataque e dar respiro a sua defesa.
Mesmo assim existiu diversos momentos em que o Brusque poderia ter empatado.
Vale a vitória nesse momento de turbulência, vale o esforço de jogadores fazendo funções diferentes dentro da mesma partida.
Tem muito a se melhorar e hoje um jogo atípico, difícil qualquer análise profunda diante do contexto.