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Análise: 'Dois Vascos em São Luís'

No primeiro grande teste do ano, a partida que daria as melhores condições de avaliar a equipe diante do que está por vir na temporada, o Vasco foi derrotado por 1 a 0 pelo Botafogo. Uma partida marcada por avaliações individuais muito ruins, um primeiro tempo em que o time não se encontrou em campo e um segundo onde só o que faltou mesmo foi fazer o gol.

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O Vasco teve duas caras jogando no Castelão. A primeira etapa inteira se resumiu a bolas enfiadas em Gabriel Pec, que deu sequência à maioria dos lances e teve boa atuação em São Luís, mas acabou sendo sobrecarregado. Depois de sofrer o gol de Erison, muito em função do recuo do Botafogo, o time de Zé Ricardo encontrou a criatividade como que num passe de mágica e tomou conta da partida.

A princípio, com organização e jogadas trabalhadas. Mais para o final, como é de costume, é que as coisas foram na base do abafa. Mas, de nenhuma das formas, o Vasco conseguiu chegar ao empate - a falta de pontaria e a boa atuação de Gatito Fernandez foram determinantes para isso. A primeira derrota da temporada foi, também, a primeira partida do Cruz-Maltino no campeonato sem fazer gol.

Além da constatação de que o time ainda está em início preparação e de que muita coisa ainda precisa ser feita até o início da Série B (incluindo a contratação de mais reforços), fica a lição de que a equipe não pode se dar o luxo de enfrentar um adversário organizado e demorar a achar seu rumo na partida. De líder, o Vasco caiu para a quarta posição do Campeonato Carioca, com 13 pontos, mas ainda está no grupo que se classifica para as semifinais.

Dois Vascos em São Luís

Antes de mais nada, o Vasco sofreu com atuações individuais muito ruins no Castelão. Acionado ofensivamente como ainda não havia sido desde que chegou à equipe, Edimar ficou devendo: tomou cartão amarelo logo no início do jogo e errou muitos cruzamentos. E Léo Matos, que tinha a missão de substituir o suspenso Weverton na lateral direita, ficou um pouco abaixo e ainda demorou para recompor a marcação no lance do gol do Botafogo - Diego Gonçalves aproveitou as costas dele para cruzar.

Não à toa, os dois saíram juntos na primeira mexida de Zé Ricardo, aos 26 minutos do segundo tempo, para as entradas de Riquelme e Getúlio.

Também houve aqueles que, de tão pouco acionados, por vezes sumiram em campo. Casos de Bruno Nazário, que de fato está rendendo aquém das expectativas improvisado na ponta direita, e Raniel, que não fez muito mais do que acertar a bola no travessão em cabeçada no segundo tempo. Entre os titulares, o único jogador da partida que tocou menos que o camisa 9 vascaíno foi Erison, autor do gol botaguense.

Os primeiros minutos de jogo foram os únicos em que o Botafogo ensaiou uma pressão. A diferença é que isso fazia parte do plano da equipe comandada interinamente por Lúcio Flávio: abafar no início, quem sabe encontrar um gol para, depois, se fechar e sair nos contra-ataques. Por sua vez, o Vasco parecia um time que quer atacar, mas que não sabe como. E dá-lhe bola em Gabriel Pec!

O camisa 11, provavelmente o melhor jogador do Vasco neste início de temporada, foi mais uma vez a válvula de escape no momento em que o time não se deu com a criatividade. Na coletiva após o confronto, Zé Ricardo citou a falta de sincronismo e de entrosamento que só será corrigida com o passar do tempo. Mas um movimento parecia muito bem ensaiado na primeira etapa: o jogador (normalmente Nenê) recebia no meio de campo, girava e já lançava na esquerda sem nem olhar. Foram ao menos quatro lances muito parecidos nesse sentido.

Em um desses lances, após cruzamento de Pec pela esquerda, Nazário tentou emendar um voleio, mas não pegou legal. Raniel ficou com o rebote, só que, atrapalhado pelo zagueiro, acabou chutando para fora. Foi a melhor chance do Vasco no primeiro tempo.

Depois de sofrer o gol aos 33 minutos, mas principalmente na volta do intervalo, o Vasco pôs o dedo na tomada e jogou em outra voltagem. O Botafogo abaixou suas linhas e deu espaço, sim, mas não foi só isso: os comandados de Zé Ricardo, foram mais vibrantes e decididos para as jogadas. Às vezes, até um pouco afobados: Edimar e Gabriel Pec, cada um por um lado e em lances quase que subsequentes, saíram chutando para o gol quando poderiam ter tomado melhores decisões.

O time melhorou com as entradas de Riquelme e Getúlio. Depois, entraram também Figueiredo (no lugar de Bruno Nazário) e Laranjeira (na vaga de Pec). O Vasco pressionou demais, acertou bola na trave e terminou o jogo com 61% de posse de bola e 22 finalizações contra apenas duas do Botafogo. Mas faltou pontaria - Riquelme que o diga, perdeu grande chance aos 48 minutos - e também faltou combinar com Gatito Fernandez, certamente o melhor jogador da partida.

Fonte: ge
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