Jogando fora de casa, em campo encharcado, o Vasco empatou em 2 a 2 com o CSA, na última quarta-feira, pela 13ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Em mais uma atuação irregular na competição, o Cruz-Maltino começou melhor e saiu na frente com Marquinhos Gabriel, mas acabou levando a virada em lances de falhas defensivas. O empate veio após a entrada de Daniel Amorim, já perto do fim da partida. O desempenho em Maceió dá uma ideia dos desafios que o novo técnico, Lisca, terá pela frente.
Conhecido por um estilo vibrante, Lisca já demonstrou recentemente que é adepto de um estilo de jogo intenso, de forte marcação e saídas em velocidade. O primeiro desafio começa por cobrar o elenco vascaíno neste sentido, já que muitas vezes o que se viu foi uma queda de rendimento e jogo mais cadenciado nas atuações recentes.
O novo treinador também terá de lidar com uma dor de cabeça que persiste desde o início da temporada, que são as falhas defensivas, em especial nas bolas aéreas. Contra o CSA, os gols não saíram pelo alto mas foram resultado de falhas coletivas e falta de atenção atrás. Marcelo Cabo deixou o clube sem uma solução para o problema.
Outro ponto ao qual Lisca deverá ficar atento é à oscilação dos jogadores mais jovens, como MT, Galarza, Bruno Gomes e Gabriel Pec. Os jovens vindos da base passam pelos altos e baixos típicos dos atletas nos momento iniciais da carreira, mas sofrem pressão como veteranos, em razão da irritação dos torcedores com o momento ruim do clube.
O novo comandante estreia sábado, contra o Guarani, em São Januário e terá pouco tempo para conhecer o elenco e avaliar quem se adapta melhor às suas ideias de jogo.
Para que o Vasco alcance o principal objetivo do ano de volta à elite do futebol nacional, precisa embalar. O time parou de perder, mas não consegue vencer, em especial nos jogos em casa. Na Colina, já deixou escapar pontos contra Náutico, Avaí e Operário. A sequência de empates não é suficiente. Com o resultado da última quarta, já são quatro pontos atrás do Goiás, 4º colocado.
Fica, portanto, nas mão de Lisca a missão de levar o Cruz-Maltino de volta à Série A, ponto fundamental para o projeto de reerguer o clube da atual gestão.