O volume de jogo do Flamengo na primeira etapa foi intenso: Paulinho e Moreno na esquerda, Carlos Eduardo e Gabriel alternando entre centro e direita e Elias chegando como surpresa ditaram o ritmo do jogo e envolveram o Vasco. Veloz, organizado e com poucos espaços entre as linhas do 4-2-3-1, o Flamengo dominou quando atacou e quando se defendeu.
Dorival Júnior buscou Éder Luís e Alisson para dar velocidade nos flancos do 4-2-3-1 vascaíno, mas com Pedro Ken apagado, errando passes e Alisson pouco acionado, o Vasco não conseguiu trabalhar a bola no meio, apostando nas ligações diretas, sem sucesso.
No gol sofrido, a pouca participação dos meias vascaínos na marcação deixou Wallace avançar livre e levar a bola que Paulinho finalizou.
A entrada de Dakson deu mais dinâmica ao meio-campo, mas o Flamengo neutralizou o adversário com linhas mais avançadas. Val, o jogador de segurança de Mano, entrou e o Fla se defendeu com duas linhas de 4 e Elias e Moreno na frente, não permitindo ao Vasco criar. Edmílson ou Tenório tinham que voltar para buscar a bola, tornando o Vasco burocrático e fácil de ser marcado.
No pós-jogo, Marcelo Moreno ressaltou o trabalho para administrar o jogo e não tomar gol no segundo tempo. Fica evidente o dedo dos 26 dias de Mano no Fla: uma equipe compacta, organizada e bem distribuída em campo. Dá para fazer um campeonato mais tranquilo.
E se o Vasco tivesse esse mesmo nível de organização? Dorival terá tempo para trabalhar com o frágil elenco, mas pode sair da crítica situação. Com salários em dia, o exemplo do rival é válido.