Ponte Preta e Vasco entraram em campo no Moisés Lucarelli neste domingo com uniformes quase idênticos, que confundiram a cabeça do torcedor. Mas a similaridade dos times não para só nas cores e design das camisas. O empate em 1 a 1 na segunda rodada da série B revela duas equipes com os mesmos níveis de erros na saída de bola e dificuldades no ataque.
Os dois times chegaram para o duelo em busca da reabilitação após derrotas na estreia. O Vasco começou melhor, com 15 minutos de pressão pelas pontas, fazendo o adversário se enrolar com a bola. Depois disso os papéis foram trocados. A ponte conseguiu quebrar a primeira linha de marcação e criou mais chances.
Pendurado por causa do cartão amarelo Léo Matos saiu para a entrada Michel logo no início da segunda etapa. Assim, o Vasco perdeu uma das poucas armas ofensivas pela lateral direita, enquanto o meio de campo demonstra a mesma lentidão já vista nas últimas rodadas.
Erros de passe na saída de bola foram comuns dos dois lados. Com um jogando no tropeço do outro, o jogo se arrastou, com os times mostrando o mesmo futebol sem intensidade. Ambos apresentaram o mesmo ritmo, só alterando os papéis de vez em quando.
Um desses erros gerou o pênalti a favor do Vasco. A bola bateu na mão de Camilo após cobrança de escanteio na área da Ponte. Germán Cano cobrou aos nove minutos do segundo tempo, e marcou seu oitavo gol em 13 jogos na temporada. Essa, por sinal, era a única forma viável do artilheiro aumentar sua contagem. Isolado na frente, o capitão raramente recebe a bola.
À frente no placar, o Vasco poderia enfim respirar, mas o sossego durou menos de três minutos. A reação da Ponte foi imediata, com Renatinho deixando tudo igual em um lance que mostrou a apatia da defesa cruzmaltina. E o ponto conquistado com o empate é mais que suficiente para o futebol apresentado por ambas as equipes.
Ainda sem vitórias na competição, o Vasco iniciou uma maratona de oito jogos em 23 dias. Serão sete partidas pela Série B e uma pela Copa do Brasil.