O Vasco foi de uma economia contra o Vila Nova de se espantar. Se fosse uma música, teria uma nota só, se fosse um quadro, seria uma tela monocromática. Pelo menos tanta pobreza foi suficiente para garantir a vitória sobre o Vila Nova por 1 a 0. O time dormiu dentro do G4 da segunda divisão e, por ora, é isso que importa.
Em uma análise que leve em consideração o fato de que é a falta de recursos quem impõe o futebol ruim do time, em última instância, primeiro precisam vir as vitórias, depois a chance de ter mais recursos para montar o elenco e consequentemente mostrar um futebol melhor.
Léo Jabá fez o gol da vitória nos acréscimos do primeiro tempo. Recebeu o bom passe na área de Juninho e tentou cruzar para a área. A bola desviou na defesa e encobriu o goleiro Georgemy. O nome do jogador do Vila Nova foi talvez o que houve de mais interessante na noite em São Januário. A arbitragem de Felipe Fernandes de Lima, que distribuiu cartões a torto e a direito, colaborou para a qualidade ruim da partida na Colina.
— Dentro de casa, precisamos nos impor um pouco mais. Deitamos muito as linhas no segundo tempo e fomos apertados — afirmou o zagueiro Miranda, do Vasco.
No mais, o time de Goiânia esteve mais perto de empatar a partida em São Januário do que a equipe de Lisca, de ampliar o placar. Os desfalques contribuíram para isso. Sem Cano, escalou Figueiredo, que praticamente não foi visto em campo. Perdeu Morato, que testou positivo para a Covid-19. Ainda no primeiro tempo, teve de queimar uma substituição depois que Leandro Castan sentiu dores na coxa direita e precisou sair.
Antes de fazer o gol acidental com Léo Jabá, o Vasco tinha muita posse de bola e pouca capacidade de furar a linha defensiva do Vila Nova. O time visitante saía ocasionalmente nos contra-ataques e conseguia levar perigo. A defesa vascaína se virou como pode.
Foi a quarta vitória do Vasco por 1 a 0 na Série B. Depois de tanto tempo estagnado no meio da tabela, entrar no G4 perto do fim do primeiro turno é motivo para celebrar.