O maior ameaçado do G4 passou a ser o Grêmio. Quarto colocado, o tricolor está a apenas três do Londrina. E atravessa um péssimo momento: não vence há quatro partidas. Gaúchos e paranaenses ainda farão confronto direto, em jogo válido pela 34ª rodada.
Alheio à crise gremista, o Vasco precisa resolver seus próprios problemas. Um deles, a fragilidade fora de casa. O time terá mais uma vez a oportunidade para tentar acabar com a má fase como visitante. Os cruz-maltinos jogarão longe do Rio nas próximas duas rodadas. O primeiro compromisso será contra o Brusque, no sábado. Depois, no dia 11, será a vez de visitar o Grêmio.
Apesar do alívio trazido pela vitória, a torcida segue com motivos para torcer o nariz. Mais uma vez, o time de Emílio Faro não teve uma grande atuação. O que fez a diferença foi o apoio de sua torcida e o talento individual das jovens promessas Marlon Gomes, Eguinaldo e, principalmente, Andrey Santos. Se, fora de casa, a pouca experiência os faz sentir o peso de serem protagonistas da equipe, em São Januário eles brilham.
Os melhores momentos do Vasco foram pelos lados usando a inteligência do camisa 8 e as boas jogadas dos outros dois com a dupla Nenê e Alex Teixeira. Maior exemplo disso foi o lance do primeiro gol, aos 17. Andrey mostrou muita visão de jogo ao ocupar o lugar certo e receber de Nenê. Ele cruzou para Eguinaldo, que ajeitou com categoria para Alex Teixeira, derrubado na área em seguida: pênalti convertido pelo camisa 10.
Logo no primeiro lance da etapa final, novo desfile de talento das joias cruz-maltinas. Andrey recebeu boa bola de Marlon Gomes e tentou a jogada individual. A bola chutada por ele desviou na zaga e sobrou para Eguinaldo marcar. Isso tudo com apenas 20 segundos do segundo tempo.
— Uma emoção muito grande fazer gol em São Januário. Foram três pontos muito importantes para a sequência do campeonato. O apoio da nossa torcida tem sido fundamental para o nosso time — comentou Eguinaldo, que marcou o seu segundo como profissional do Vasco.
A partida só não foi mais confortável para os vascaínos porque, sem a bola, o time deu muitos espaços para o Guarani avançar. Mas o maior perigo esteve na bola aérea. Aos 6, Anderson Conceição cabeceou mal e fez contra. Um gol que encheu o rival de esperança e não os deixou esmorecer. Aos 29, de novo pelo alto, João Victor quase empatou. Mas, para a sorte dos vascaínos, as investidas do time paulista se converteram em poucas chances reais.
— Escutei uma fala um tempo atrás: "O Vasco é para os fortes". Uma equipe que vem de dois resultados ruins. Uma equipe testada e contestada. Uma equipe muito forte e que está preparada. Uma equipe que vai ter embates, mas vai dar respostas. Uma equipe comprometida. Esse é o recado que eu tenho que dar — desabafou Emílio Faro ao fim do jogo.