Numa rodada em que todos os times os times da zona de rebaixamento (mais o Bahia, 16º) perderam, o Vasco tinha a chance de despontar. Mas apenas subiu para os 13 pontos, ainda na 19ª colocação. Uma grave situação criada anteriormente que não permite que um bom resultado como o da noite passada possa ser inteiramente positivo.
Quando o cruz-maltino já vencia por 1 a 0 num bom primeiro tempo, Orellano teve a chance de ampliar e tornar o cenário ainda mais tranquilo, mas teve que bater com a perna direita e a bola acabou caprichosamente passando ao lado da trave de Cleiton. Em outro momento infeliz, o argentino acabou amarelado por fazer falta na recomposição defensiva: no melhor momento que vive no clube, acaba suspenso da partida contra o Atlético-MG, no domingo.
A arbitragem confusa de Anderson Daronco e a longa checagem do VAR no pênalti marcado para o Vasco — sofrido e bem convertido por Vegetti, que fez outro bom jogo — ajudaram o primeiro tempo a chegar aos oito minutos de acréscimo (que levaram à revolta a um cartão amarelo para Ramón Díaz). O Bragantino ensaiou a pressão que faria no segundo tempo e chegou ao gol em bola mal afastada por Medel em escanteio, que parou nos pés de Gustavinho.
Por fim, o próprio Ramón — que terminou expulso e pediu desculpas — viveu noite de baixa. O time segue apresentando evolução e competitividade louváveis e que dão ânimo ao torcedor e ao elenco. Mas as alterações feitas no intervalo e no início do segundo tempo (entraram Jair, Galarza, Puma Rodríguez e Figueiredo) não deram a solidez desejada. Pelo contrário, a equipe ficou mais frágil: foram 17 finalizações (5 no gol) do Bragantino contra apenas uma do cruz-maltino, que praticamente não conseguiu reagir à intensa pressão do time da casa. No primeiro, as equipes haviam empatado no quesito, com sete para cada lado.
— Estivemos muito bem no primeiro tempo. As duas equipes criaram situações. Nós tivemos duas ou três chances claras para marcar. A equipe pouco a pouco vai crescendo. Falta muito trabalho ainda, mas acho que o espírito é esse. É não dar-se por vencido em nenhum momento — avaliou o treinador após a partida.