Ainda é possível o Vasco buscar a recuperação dentro da competição, mas o tempo cada vez mais joga contra.
Contratado como sonho de consumo da torcida do Vasco, Lisca encerra melancólica passagem de um mês e meio pelo comando do time. Sob a batuta do treinador, a equipe fez 12 jogos: venceu quatro, empatou um e perdeu sete, dois na Copa do Brasil, na eliminação para o São Paulo. O aproveitamento foi de apenas 36,1%.
Na Série B do Brasileiro, o grande objetivo do Gigante da Colina na temporada, o desempenho fica bem distante do aceitável. Quando foi anunciado para substituir Marcelo Cabo, o Vasco ocupava a oitava colocação. Agora, dez rodadas depois, ao pedir demissão – na versão oficial -, Lisca deixa o time em nono.
Ainda é possível uma recuperação dentro da competição, mas o tempo cada vez mais joga contra. Serão somente 15 partidas, 45 pontos em disputa. Para voltar à elite, o Vasco precisa ganhar pelo menos 30 – 66% de aproveitamento, o que tem hoje o líder Coritiba.
Como estímulo, é possível olhar para o rival Botafogo, que também trocou de técnico na mesma época e saltou do décimo quarto para o quarto lugar com o desacreditado Enderson Moreira, vencendo oito jogos, empatando um e perdendo outro. Em 30 pontos, somou 25, num incrível aproveitamento de 83,3%.
Para a torcida cruz-maltina, Lisca foi uma enorme decepção. Chegou com pompa e circunstância, com o total apoio da galera, e vai embora deixando para trás um time destroçado, uma caravela à deriva. Que o substituto tenha muita coragem e competência para enfrentar um oceano de problemas.