Futebol

André Santos e Fágner: laterais que precisam de proteção especial

É quase unanimidade entre os treinadores: o maior problema na base dos clubes brasileiros é não formar laterais que apoiem, mas também saibam marcar em uma linha de quatro defensores. Dificuldade até cultural, já que no país os jogadores valorizados na posição são os que chegam à linha de fundo, dão assistências e fazem gols. Mesmo que deixem generosos espaços às costas.

Flamengo e Vasco foram ao mercado e trouxeram de volta dois laterais típicos do futebol brasileiro.

André Santos é indicação de Mano Menezes, comandante na melhor fase da carreira, no Corinthians campeão paulista e da Copa do Brasil em 2009. Dois anos depois, o reencontro na seleção, mas as atuações foram não mais que razoáveis durante a Copa América e infeliz a cobrança na derrota para o Paraguai nos pênaltis e a eliminação nas quartas-de-final.

Na primeira passagem pelo Fla em 2005/06, pouco brilho e bom desempenho apenas atuando como ala em sistema com três zagueiros sob o comando de Celso Roth. Na incrível arrancada com Joel Santana que garantiu a permanência na Série A, revezou com André Lima com a ordem do treinador para descer menos e liberar Leonardo Moura do lado oposto.

Oito anos depois, a tendência é alternar o apoio com o agora veterano camisa dois. No Arsenal e no Grêmio, porém, os bons momentos no ataque foram esporádicos e as dificuldades defensivas aumentaram.

Em resposta ao nosso Mauro Cezar Pereira em Volta Redonda, Mano admitiu a necessidade de montar um esquema especial de cobertura com o auxílio do paraguaio Cáceres, o volante mais plantado. Na prática, porém, a missão de cobrir diretamente o novo lateral será do lento Marcos González. O custo/benefício só valerá se André Santos resgatar o futebol dos tempos de Corinthians.

No Vasco, a coincidência de outro reencontro depois de 2009. Dorival Júnior e Fagner conquistaram o título da Série B, mas o lateral direito, irregular e com seguidas lesões, não foi o titular absoluto. Disciplinado taticamente, Paulo Sérgio atuou mais vezes, até para compensar a pouca combatividade de Ramon do lado oposto.

Fagner se firmou mesmo em 2011, nas ótimas campanhas no Brasileiro e na Copa Sul-Americana - no título da Copa do Brasil, uma contusão afastou o lateral, substituído por Allan. Beneficiado por uma proteção especial. \"Ele teve a felicidade de jogar com o Dedé, isso fazia com que pudesse ter mais liberdade e tranquilidade pra atacar. A boa cobertura é a melhor maneira de protegê-lo\", explica Cristóvão Borges, treinador vascaíno na melhor fase do lateral.

O time atual não tem mais Dedé. O responsável pela cobertura deve ser Renato Silva, com o auxílio de Sandro Silva. Se este permanecer entre os titulares com o retorno de Juninho Pernambucano e a chegada de Guiñazu. Ofensivamente o ganho será considerável, já que Elsinho e Nei estão longe da qualidade do velho/novo reforço, contratado por empréstimo ao Wolfsburg. É a chance também de recuperar Eder Luís e reeditar a dupla veloz e entrosada de dois anos atrás.

A princípio, a contratação vascaína parece mais promissora. Mas André Santos entra em time mais organizado e qualificado. Certo mesmo é que os laterais ofensivos, alas por características, vão precisar de ajuda para seus setores não se transformarem em \"avenidas\" para os rivais.

Típico do futebol brasileiro.

Fonte: Blog Olho Tático - ESPN.com.br
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