Um dos destaques do Vasco na temporada 2020, o volante Andrey foi o convidado da live da Vasco TV nesta terça-feira (7/7). Como já é natural neste momento de pandemia, o jogador participou direto de casa e respondeu as perguntas enviadas pelos jornalistas que acompanham o dia a dia do Cruzmaltino, bateu um papo com alguns sócios do programa Gigante e falou sobre diversos assuntos, como a reflexão que teve em 2018, ano em que também se destacou.
- Esse momento de 2018 que fiquei sem jogar acho que foram um dos mais importantes da minha carreira, tentei tirar o máximo de lições. Acho que cometi alguns erros, errei muito, então procurei amadurecer. Coloquei na minha cabeça de que eu tinha correr mais, trabalhar mais e mudar essa chave. Não posso ser mais um que as pessoas colocam expectativa e não dá certo. Até o começo de 2020 estava na reserva, mas sempre procurei trabalhar. Surgiu oportunidade onde todos os reservas jogaram, contra o Flamengo e depois contra o Botafogo - disse Andrey, que explicou quando veio esse estalo:
- A mudança de chave acho que foi quando disse que eu tinha de mudar minha forma de jogar e o meu jeito. Acho que essa foi a mudança do Andrey de 2019 para 2020. Mas não tem nada feito. Chegar no topo tudo bem, se manter é difícil. Em 2018, eu alcancei um bom nível e não mantive em 2019. Os grandes jogadores são os que mantêm o nível em todas as temporadas. Melhorei muito na minha parte física. Emagreci bastante, hoje graças a Deus estou no ideal da minha parte física.
O volante tem como caraceterística o chute de longa distância e desde que foi promovido ao time profissional, já balançou as redes dessa forma em algumas oportunidades, principalmente em 2018, contra Cruzeiro (no Mineirão), Internacional (no Beira-Rio), Botafogo (em São Januário) e São Paulo (em São Januário). No ano passado, marcou diante do Inter, na Colina Histórica. Em 2020, Andrey tem jogado em uma função mais recuada e só balançou as redes uma vez, diante do Resende, pelo Carioca.
- Tenho chegado pouco na frente, era uma das minhas características. Era acostumado a chegar na área e fazer gols. Agora jogando de primeiro, eu posso chegar, mas minha primeira função é marcar, ajudar a defesa e proteger meu goleiro. Se tiver chance, eu tenho trabalhado minha finalização e aprimorado cada vez mais. A gente depende do Cano, que é o nosso 9. Claro que tem de ser dividido também porque se ele não tiver num bom dia, outros tem que fazer os gols. Minha função é dar o passe para ele. Se a bola chegar limpa, ele vai fazer o gol. Cobrá-lo também (risos), depois daquela jogada ele poderia ter me consagrado (contra o Madureira). Minha primeira função é marcação. Claro que se eu puder chegar como elemento surpresa e puder fazer gol, eu vou ficar muito feliz.
OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA
Melhor fase no Vasco?
Acho que é sim, me sinto uma pessoa mais madura. O Andrey de 2018 fez uns gols sim, mas tecnicamente o Andrey de 2020 está muito mais completo. Fico feliz de estar vivendo esse momento.
Expectativa para o Brasileirão
É muito grande. A gente espera aprimorar muito a nossa parte física porque o modo de jogar do Ramon precisa muito da parte físico. A gente tem tudo para fazer um grande Campeonato Brasileiro. Tem tudo para chegar na primeira parte da tabela.
Nova função
No começo do ano, eu começava a saída de bola. Ficava às vezes dentro da pequena área para sair com o goleiro. Era o jogador do primeiro passe, o que ficava mais por trás construindo. Com o Ramon, virei um primeiro volante que joga atrás segunda linha do adversário. Recebo as bolas dos zagueiros geralmente já de frente. Recebo com menos quatro do adversário. Acho que essa mudança de posicionamento é uma das quais pela passei. No começo do ano, tinha mais liberdade de chegar.
Agora fico mais na contenção, quem tem mais liberdade são Benítez e Fellipe Bastos, que são os meia de lado. A maior mudança é que eu tinha que passar da linha dos atacantes. Agora recebo atrás deles e construindo para frente. Tenho mais espaço para construir e tenho mais apoio para jogar.
Ramon Menezes
Ponto forte acho que é a gente gostar de ficar com a bola, ditar o jogo e fazer o adversário sofrer. Quando a gente perder, temos que ter de seis a sete segundos para recuperar a bola. Esse perde e pressiona.
Copa do Brasil
Jogo que está aberto, ainda tem 90 minutos na casa deles, sabemos que será difícil. Mas é um novo comando, a equipe está muito mais motivada. A gente tem tudo para ir em Goiânia e fazer 1 a 0 ou 2 a 0 e se classificar.