É muito comum que jogadores treinem muito bem e, na hora da partida, não mostrem todo o seu potencial. Mas, com André Dias, acontece exatamente o contrário. Dificilmente o atacante se destaca nos treinamentos, porém, quando o jogo começa, está entre os mais dedicados do time. André reconheceu que seu rendimento nos treinos é, muitas vezes, abaixo do esperado, mas explicou a razão.
Estou longe de ser um leão de treino, mas a carga de trabalho durante a semana geralmente é muito pesada para mim. E a cobrança é muito grande. Na verdade, tenho o percentual de gordura muito baixo e demoro muito para me recuperar. Por isso pareço me dedicar menos em alguns coletivos, disse.
Para André Dias, o ideal seria ficar dois ou três dias sem treinar depois de jogar. Ele não chega a ser um adepto da filosofia treinar para quê?, mas gostaria de ter mais tempo para se recuperar. No entanto, o atacante sabe que, no futebol atual, fica difícil abrir mão dos treinos.
Como diria o Válber, que disputou o Campeonato Carioca pelo América: treinar para quê?, brincou o jogador, que continuou. Não chego a concordar com isso porque o treinador tem sempre algo para acertar nos treinos, mas, às vezes, seguro o empenho um pouco para não correr o risco de me machucar, já que não tenho tempo hábil para estar 100%.
Já quando a bola rola para valer, a última coisa que passa pela cabeça do jogador é se preservar. Segundo André Dias, uma boa exibição do time passa por boas atuações individuais.
No jogo, qualquer que seja, se vale os três pontos, é bem diferente. Procuro sempre me superar e correr mais para acertar tudo. E não pode ser de outra maneira porque o bom resultado depende disso, concluiu.