Antes titular com Dorival, Thalles é deixado de lado por Adilson Batista

Em intervalo menor do que um mês, a vida de Thalles no Vasco virou uma gangorra. Escalado contra o Goiás no dia 24 de outubro pelo então técnico vascaíno Dorival Júnior, o garoto de 18 anos surpreendeu, fez dois gols na vitória de 3 a 2 pela Copa do Brasil e virou titular do time. A grande atuação, em jogo que o time acabou eliminado no Maracanã, permitiu o jovem atacante furar a fila em São Januário. Com as polêmicas de André e a lesão de Edmilson, Thalles ganhou espaço e parecia que seguiria firme no comando do ataque vascaíno. Mas a chegada de Adilson Batista freou a ascensão do garoto. Hoje, é a terceira opção do ataque do Vasco.

Até os dois gols relâmpagos contra o Goiás - o primeiro aos três minutos, o segundo aos 16, quando deixou de passar a bola para Juninho, livre na jogada -, Thalles ainda tinha participação discreta no time. Treinando com os profissionais desde o início do ano, o atacante, formado nas divisões de base do Vasco, já havia sido elogiado, mas não escalado sequer para o banco de reservas por Paulo Autuori. Com Dorival, a chance demorou a aparecer - até porque o atacante foi disputar a Taça Belo Horizonte sub-20, competição que a garotada vascaína terminou campeã em setembro. No fim daquele mês, para a partida contra o Atlético-MG, o garoto foi chamado para compor o banco de reservas pela primeira vez. Os primeiros dois jogos, saindo do banco, foram contra Criciúma e Botafogo, em partida que o jovem jogador entrou bem na equipe.

Nos primeiros treinos com Adilson, que chegou após a saída de Dorival - demitido depois da derrota por 2 a 1 para a Ponte Preta -, Thalles já havia sido preterido, sem ter chances entre os titulares. Com o afastamento de André do jogo contra o Coritiba, ele ficou no banco. Mas, assim como nas demais partidas, não mais colocou os pés em campo.

Adilson justifica a escolha por Edmilson e a opção de deixar Thalles na reserva citando o histórico recente e mais antigo de Edmilson. O treinador já conhecia o atacante titular do Vasco pela passagem no futebol japonês. Em três jogos de volta ao time titular, Edmilson fez três gols - dois contra o Coritiba e um diante do Santos. Segundo o treinador, a decisão por escalar Edmilson não tem a ver com o fato de um atacante ser mais experiente - Edmilson tem 30 anos - e outro ainda ser novato no futebol.

- (A opção) não é questão de responsabilidade, experiência. O Thalles tem uma característica de jogo, já tinha visto alguns jogos dele pelo Vasco. O Edmilson eu já conhecia, já o vira no Japão e nas vezes que o utilizamos ele tem me agradado. O Thalles é um jogador novo, que ainda ter oportunidade no seu momento oportuno - afirma Adilson, citando o uso de Willie e Jhon Cley, como exemplos de jovens que tiveram chances com ele no Vasco.