A corda segue no pescoço, não há margem para erros, mas o histórico do Brasileiro de pontos corridos mostra que o Vasco está mais perto de um final feliz do que do quarto rebaixamento para a Série B. Desde que o campeonato passou a ser disputado por 20 times, apenas 29% dos que caíram tinham a pontuação que o Vasco na mesma 28ª rodada. Pode acontecer o contrário, mas o time de São Januário está mais perto de sorrir no fim.
Aos trancos e barrancos, Alberto Valentim estancou a sequência de derrotas. Mesmo sob críticas da torcida, incomodada com as constantes mudanças na escalação, o treinador fez o Vasco voltar a pontuar. Mas para ter um fim de ano tranquilo, será preciso mais do que empates - são quatro nos últimos cinco jogos. Em 30 pontos a serem disputados, terá que conquistar 15 para ter alívio.
Serão cinco jogos em casa, o primeiro deles domingo, contra o Cruzeiro. Ao menos na teoria, no melhor cenário possível para enfrentar os mineiros: dentro de São Januário, contra um rival que deverá escalar uma time todo reserva por causa das finais da Copa do Brasil.
- Não vejo vantagem. É um elenco forte, que alterna os campeonatos - frisou Henrique: - Estamos encarando os próximos jogos como dez finais. Não vejo como sofrimento ou angústia.
Dessas dez partidas que faltam para o Vasco na temporada, apenas duas serão contra rivais diretos na fuga do rebaixamento. Depois do Cruzeiro, o Vasco terá o Sport pela frente, em Pernambuco. Na última rodada, medirá forças com o Ceará.
Para o jogo do fim de semana, Alberto Valentim terá o retorno de Leandro Castán, suspenso. Entre os jogadores que se recuperam de lesões, Desábato, Werley e Raul são os que estão mais próximos de voltar a jogar.