Em situações normais um time que goleou por 4 a 0 na partida de ida já poderia comemorar a classificação para a fase seguinte em um torneio mata-mata. Mas o técnico Zé Ricardo e o elenco do Vasco não pensam desta maneira mesmo depois de aplicarem o placar no Jorge Wilstermann, da Bolívia, na noite de quarta-feira. Isso porque, o duelo de volta, na próxima semana, será na altitude de Sucre, a 2.800 metros acima do nível do mar.
O desgaste jogando na altitude é algo que precisa ser pensado na visão dos vascaínos.
“Vai ser complicado. Vamos ter pela frente um adversário que chega mordido e que joga na altitude. Sabemos como é complicado jogar lá. Mas não podemos mudar as nossas características e a nossa constante busca pelo gol”, disse Zé Ricardo.
Os jogadores concordam.
“Demos um passo muito importante. Porém, estamos longe de considerarmos a vaga assegurada. O jogo na altitude muda completamente o cenário e precisamos estar atentos a isso”, afirmou o lateral Yago Pikachu.
Apesar da altitude, pesa favoravelmente ao Vasco a escrita de que o time nunca perdeu por mais de três gols de diferença em toda a história na Copa Libertadores. O maior revés vascaíno aconteceu na partida de volta das quartas de final da edição de 2001, quando o time foi superado pelo Boca Juniors, na Argentina, por 3 a 0, sendo eliminado. Até aqui o Cruz-Maltino entrou em campo 67 vezes pela competição continental, tendo ganho 29, empatado 21 e sido derrotado em outras 17 ocasiões. Caso confirme a vaga na Bolívia, o Vasco vai integrar o Grupo 5, ao lado de Cruzeiro, Racing da Argentina e Universidad de Chile.
O elenco do Vasco ganhou folga nesta quinta-feira e a reapresentação nesta sexta-feira inicia a preparação para o confronto com os bolivianos, uma vez que não tem jogo previsto para o fim de semana.