A selvageria praticada por integrantes de torcidas organizadas de Vasco e Atlético-PR na última rodada do Campeonato Brasileiro do ano passado em nada mudou a relação entre torcedores e a diretoria do Vasco. Ontem, o presidente Roberto Dinamite falou pela primeira vez sobre o assunto e deixou claro que a parceria continua.
— Vamos cumprir as exigências de seguranças que foram necessárias. Essa relação com as organizadas existe em todos os clubes e é de respeito. Em cima disso, vamos fazer o que nos couber — afirmou Dinamite, sem condenar o comportamento dos brigões de Joinville.
Ontem, alguns torcedores circulavam livremente por São Januário com camisas de organizadas, um deles da Força Jovem, cujo presidente Bruno Fet, foi preso na última sexta-feira, no Rio. Ele estava foragido por ter participado da briga em Joinville. No clube, nada mudou. As salas das organizadas continuam liberadas para seus integrantes guardarem bandeiras e instrumentos.
Roberto também falou do problema que envolve o Vasco e a Nissan, que decidiu romper o contrato de patrocínio devido à briga na partida contra o time paranaense.
Dos três anos previstos no contrato, somente seis meses foram cumpridos. O Vasco segue estampando a marca da montadora em seu uniforme, inclusive nas partidas da Copa São Paulo de Juniores.
— A posição foi tomada pela empresa, mas estamos vendo o que é possível ou não na parte legal. Seguimos estampando a marca por orientação do departamento jurídico, porque entendemos que o contrato continua em vigor — explicou Roberto.