Futebol

Após início animador, Fernando Diniz é incerto no Vasco em 2022

Um começo animador, apenas uma derrota em sete jogos e uma arrancada que parecia, enfim, ser a chave para levar o Vasco ao G4 da Série B. Uma proposta de jogo que valorizava a qualidade técnica do elenco mais caro do campeonato e promovia um futebol ofensivo, ao gosto do torcedor cruz-maltino. Em questão de semanas, o que parecia um trabalho de redenção para o então criticado Fernando Diniz derreteu de forma dura. A goleada por 4 a 0 para o rival Botafogo, que praticamente encerrou as chances de acesso do time, foi mais um golpe forte na carreira do técnico.

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Aos 47 anos, Diniz segue em busca de um título de impacto ou da consagração. Um acesso no Vasco poderia trazer, no mínimo, um alívio em meio às críticas — afinal, era um desafio subir com um time que rendeu tão pouco na mão de uma frustrada sucessão de técnicos. Mas o insucesso volta a colocar na balança a inovação da sua ideia de jogo

— Tenho uma convicção cada vez maior: rótulos são ruins. Se tem uma proposta de jogo bonito, que favoreça o futebol como um todo, que o torcedor se agrade além do resultado, é uma característica que tenho. Não é porque você tem uma tendência de jogar para a frente, que você vai se defender mal — disse o técnico em sua apresentação.

De fato, nos primeiros jogos com Diniz, a equipe apresentou um dinamismo que suplantou qualquer preocupação defensiva — exceto no crônico problema das bolas aéreas — naquele momento: o Vasco ia em superioridade numérica para o ataque e, quando perdia a bola, tinha a intensidade para recompor a marcação ou parar a jogada com faltas estratégicas. Mas a perda dessa característica nos últimos jogos expôs os pontos fracos da proposta.

Na amarga derrota para o Guarani, o Vasco já havia sofrido um contra-ataque cruel, aproveitando-se da falta de cobertura e da exposição dos defensores, em menor número. No domingo, o Botafogo entrou disposto a fazer o mesmo, mais de uma vez. O primeiro gol, de Marco Antônio, foi a ilustração perfeita do problema: os que tiveram capacidade de chegar mais próximos de impedir o contra-ataque foram dois jovens, o volante Bruno Gomes e o meia MT.

Defensores como Ricardo, Castan e Zeca têm qualidade técnica para enfrentar investidas ofensivas. Mas uma vez que o desgaste (em boa parte, físico) de sucessivas transições adversárias e de uma maratona de jogos começou a pesar na capacidade de recomposição, se esvaiu a individualidade.

Em apenas 11 jogos, Diniz se vê em meio a um ciclo que o atormenta nos últimos anos de carreira. O ataque fica econômico, a defesa mais exposta e os resultados negativos começam a se empilhar. No São Paulo, acabou perdendo o cargo após sete jogos sem vencer. No Santos, foram cinco.

Caminho das falhas

Como a partida contra o Botafogo mostrou, os adversários sabem as falhas do Vasco, que tem mais gols sofridos do que marcados — problema defensivo próximo ao que teve no Santos. O técnico precisou se virar com um elenco montado sob a gestão de Marcelo Cabo e reforçado por Lisca, com o alento da chegada simultânea de Nenê, seu jogador de confiança, cuja qualidade técnica fez a diferença em campo. Mas as intervenções (ou a falta delas) levantam dúvidas.

— Depois que as coisas acontecem, queremos achar um culpado. Tem coisas a corrigir? Tem. Todo mundo errou. Eu cheguei e tenho minha contribuição, errei, junto com todo mundo — ponderou o técnico.

Sem falar sobre futuro, Diniz tem mais quatro jogos à frente do Vasco na Série B. O aproveitamento, que despencou para menos do que nas passagens por Flu e São Paulo, não inspira otimismo.

Fonte: extra.globo
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