O Departamento de Integridade do Vasco abriu procedimento para investigar uma suposta ligação de um conselheiro do clube com a agência de viagens que atendia ao departamento de futebol. A apuração começou após o ex-diretor da pasta, Alexandre Pássaro, afirmar, em entrevista à rádio “Jovem Pan”, que uma empresa cobrava taxa de 16% ao mês para arcar com os custos das viagens. Apuração inicial, no entanto, não apontou ligação.
Por conta da repercussão, o presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Fonseca, enviou um ofício ao presidente Jorge Salgado, com questionamentos sobre a declaração de Alexandre Pássaro. Fonseca afirma que a entrevista gerou “impacto não mensurável na imagem do Clube e de seus Conselheiros” e indaga quais medidas foram tomadas pela diretoria administrativa para apurar a denúncia.
Em ofício enviado a Carlos Fonseca e Jorge Salgado, o gestor do Departamento de Integridade do Vasco, Luís Aragão, afirma que a “apuração inicial constatou que o contrato de prestação de serviços de viagens não foi celebrado com empresa vinculada a qualquer conselheiro do Vasco”.
No entanto, Aragão informa que o Departamento de Integridade, em parceria com Departamento de Compliance do Vasco, vai seguir com a investigação e encaminhará a conclusão aos presidentes do clube e do Conselho Deliberativo.
Em entrevista à “Jovem Pan”, nesta semana, Pássaro relatou a ligação de um conselheiro com a empresa que fazia a logística e antecipava o pagamento das viagens do elenco do Vasco.
- A primeira viagem, para Goiânia, ficou R$ 200 mil. Eu ia assinar a nota e tinha mais 16%. Perguntei o que era. Me falaram que era da agência de viagem do clube. Falaram: "Isso já existe, é ligada à empresa do conselheiro". E o Vasco não tem dinheiro, não temos R$ 200 mil. A empresa coloca na frente, a gente viaja e um dia a gente paga. Fecha o mês e paga. Estão nos emprestando dinheiro a 16% ao mês. No banco é 16% ao ano. Falei "avisa que foi a última". Eu sou assim – disse Pássaro.