Ter uma boa atuação no clássico entre Vasco e Botafogo deste sábado, às 18h30, pelas semifinais da Taça Rio, não é a única preocupação do árbitro João Batista de Arruda. Ele irá a campo ciente de que está denunciado pela procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD/RJ), e que tem seu julgamento marcado para a próxima quinta-feira, dia 16 de abril. O juiz responderá por não ter relatado em súmula a invasão de gramado do técnico do Fluminense, Carlos Alberto Parreira, no jogo entre o Tricolor e o Boavista, pela sétima rodada do segundo turno do Campeonato Carioca.
A denúncia foi feita conforme prova de vídeo, uma vez que as imagens mostram a entrada de Parreira no campo. Não sei por quê ele não colocou isso na súmula. O vídeo mostra claramente que o (Carlos Alberto) Parreira entrou uns cinco metros no gramado, durante o jogo. Por essa infração, fizemos a denúncia, explicou o procurador-geral do TJD/RJ, André Luiz Valentim, ao site Justicadesportiva.com.br.
Com isso, João Batista de Arruda responderá ao artigo 266 (Deixar de relatar as ocorrências disciplinares da partida, prova ou equivalente, ou fazê-lo de modo a impossibilitar ou dificultar a punição de infratores, deturpar os fatos ocorridos ou fazer constar fatos que não tenha presenciado) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), e pode acabar suspenso de suas atividades de 60 a 360 dias.
Procurado pela equipe do site Justicadesportiva.com.br para comentar a escalação do árbitro para a partida deste sábado, o presidente da comissão de arbitragem da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Jorge Rabello, não foi localizado.
Parreira também responde
A prova de vídeo também serviu para que Carlos Alberto Parreira fosse denunciado por invasão de campo, e o comandante tricolor, que também será julgado na próxima quinta-feira, pode pegar gancho de 120 a 720 dias.
O treinador responderá ao artigo 274 (Invadir local destinado à equipe de arbitragem, ou à partida, prova ou equivalente, durante sua realização, inclusive no intervalo regulamentar ou nele ingressar sem a necessária autorização) do CBJD.
Na última sexta-feira, Parreira declarou que o lance não se tratou de uma invasão, mas que ele simplesmente entrou no gramado para avisar ao árbitro sobre uma substituição que desejava fazer.
Você acompanha esses julgamentos, em tempo real, no Justicadesportiva.com.br.
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