Testemunho
Bem ao estilo da mídia marrom, um episódio absolutamente sem importância tenta ganhar vulto. Em que pese o incentivo de alguns companheiros para que eu deixasse isso de lado, decidi testemunhar.
No último domingo, durante a comemoração do título estadual, houve um pequeníssimo incidente. Um dos presentes decidiu puxar o grito de Casaca a seu modo. E que modo! Eu estava na mesa ao lado. Cheguei a comentar com os mais próximos: “de que se trata isso?”
Também próximo à mesa do cidadão estava o Presidente Eurico. Ele esperou o fim do exótico cântico e fez, com serenidade, sem nem mesmo se levantar, o seguinte comentário: “Este não é o grito de Casaca original”.
Por um minuto, desviei da cena por achar que o assunto tinha se encerrado. Pouco depois, dedo em riste, ainda com o Presidente sentado em sua cadeira, uma educada senhora que acompanhava o autor do exótico grito de guerra resolveu tirar satisfações. Entre as frases que entendi disparadas pela senhora estavam “Vasco sim, Eurico não”, lema do finado MUV, e “Vai tomar no **”.
Como se vê, uma ode à boa educação.
O que veio depois foi o que eu faria com qualquer convidado meu que assim agisse: convite a se ausentar. Para quem preferir, passa-fora.
A imprensa esportiva marrom se esforça para fazer disso um carnaval. Demonstra toda sua má intenção, mas disso já se sabia. O problema é outro: os que tentam transformar isso num ato totalitário não estavam presentes! Assim, como podem fazer falsas afirmações com tanta certeza?
João Carlos Nóbrega de Almeida