Ele é unanimidade no Cruzeiro de Mano Menezes. Mas nem sempre foi assim. Para alcançar este rótulo, o atacante Alisson precisou suar e teve que passar por uma de suas piores fases da carreira, quando jogou pelo Vasco da Gama, adversário celeste deste domingo (26), às 17h (horário de Brasília), pela 37ª rodada do Brasileirão.
O atacante foi emprestado ao clube em maio de 2013 até o fim do ano. Tímido, foi se enturmando com o pessoal revelado na base à época, como o meia Marlone, um dos companheiros mais próximos. Outro que estava sempre ao seu lado era o volante Fillipe Souto, oriundo do Atlético-MG e que também atuava no cruzmaltino por empréstimo.
Habilidoso, Alisson chamou a atenção nos primeiros jogos. Sequência, porém, foi algo raro. Mesmo sendo solicitado algumas vezes pela torcida, o máximo que conseguiu foram cinco partidas consecutivas como titular. Em seguida, não teve mais oportunidades até antecipar seu retorno ao Cruzeiro.
No total, foram oito confrontos oficiais e apenas dois gols com a camisa vascaína. A falta de oportunidades fez com que o estafe e os familiares fossem ao Rio de Janeiro solicitar o retorno à Toca da Raposa.
Nick Arcuri e Fabián, agentes do atleta, se reuniram com a diretoria do Vasco à época para pedir a volta do jogador a Belo Horizonte. Fora dos planos de Dorival Júnior, técnico do time de São Januário, ele não teve dúvidas que o regresso à capital mineira seria a melhor opção.
De volta a Minas Gerais, ainda em 2013, não teve tantas chances sob a batuta de Marcelo Oliveira no Cruzeiro. O cenário mudou em 2014, quando passou a atuar como titular da equipe ao lado de Ricardo Goulart, Everton Ribeiro e Marcelo Moreno. De lá para cá, apesar de alguns problemas clínicos, se tornou peça chave da equipe mineira, sempre como membro atuante do time principal.
Aos 24 anos, o atacante é, hoje, um titular incontestável de Mano Menezes. Em 2017, o atleta marcou cinco gols e deu sete assistências em 55 partidas. Ele foi, inclusive, um nome relevante na conquista da Copa do Brasil. Neste domingo (26), ele seguirá como titular do Cruzeiro.
Depois que saiu do Cruzmaltino, Alisson o enfrentou três vezes, vencendo duas, empatando uma e fazendo um gol.
Substituído por Francismar
Algo até hoje lembrado pelos vascaínos, principalmente com as boas atuações recentes de Alisson, é por quem o clube o substituiu assim que deixou São Januário. Técnico da equipe na época, Dorival Júnior aprovou menos de dois meses depois a contratação do meia Francismar para seu lugar.
O jogador havia tido um pequeno destaque pelo Boa Esporte, mas seu desempenho no Cruzmaltino foi longe de ser algo satisfatório, fato que irritou os torcedores. O Vasco, no fim daquela temporada, acabou rebaixado pela segunda vez em sua história no Campeonato Brasileiro.