Vanderlei Luxemburgo vai mudar de novo o ataque do Vasco. Contra o Goiás, domingo, disputará a décima partida oficial à frente do time da Colina e já sinalizou no treino de ontem que escalará uma nova formação ofensiva: Yago Pikachu deve atuar aberto pela direita, no lugar de Bruno César.
A alteração é sintomática: a equipe tem o quarto pior ataque do Campeonato Brasileiro, com 12 gols em 13 jogos, mais eficiente apenas que os de Cruzeiro, CSA e Avaí. Sem reforços para o setor, o que resta para o técnico é mexer as peças que tem à disposição na esperança de que, uma hora, o encaixe apareça.
Por enquanto, isso é apenas um desejo. A próxima tentativa deve ser com Yago Pikachu na direita, Marrony na esquerda e Talles Magno centralizado. Se confirmada, será a oitava formação diferente na linha de frente desde que assumiu a equipe.
O desempenho individual tem sido bem aquém do esperado. Em nove partidas, apenas dois gols foram marcados por atacantes: um de autoria de Tiago Reis, outro, com a assinatura de Marrony. Os dois jogadores, ao lado de Rossi, formam o trio que Luxemburgo indicou como possível titular. Os três atuaram juntos em três partidas seguidas: na derrota para o Botafogo e nas vitórias sobre Internacional e Ceará. Mesmo com o saldo positivo, foi desfeito no retorno do Brasileiro, depois da parada para a Copa América.
Quem mais jogou nesta eterna ciranda no ataque foi Marrony. Ele esteve em oito das nove partidas da equipe sob o comando do treinador. Apesar da má fase, segue prestigiado. A possibilidade de atuar aberto e centralizado o favorece.
Talles Magno virou titular na rodada passada, foi bem, e repetiu o bom desempenho no coletivo de ontem.
Pikachu na lateral
Mas o coelho que Luxemburgo tenta tirar da cartola está longe de ser novo. Yago Pikachu já não atuava como lateral-direito há tempos, desde o fim da passagem de Zé Ricardo, em 2018. Foi inclusive Vanderlei quem voltou a escalá-lo na sua posição de origem. Sem fazer o Vasco ser perigoso na frente, decidiu apelar para a boa finalização do jogador.
Enquanto não resolve sua vida no ataque, o Vasco segue perigosamente perto da zona de rebaixamento. Nos confrontos contra rivais diretos na parte de baixo da tabela, fez três de nove pontos possíveis. Muito pela falta de efetividade do ataque.