Deu hoje na excelente coluna Panorama Esportivo, no O Globo, dos jornalistas Antonio Maria Filho e Jorge Luiz Rodrigues. Os dois colunista conseguiram o seguinte depoimento de Joseph Blater, presidente da FIFA, sobre o milésimo gol de Romário:
A carreira profissional de Romário agora se estende além da idade de 40 anos e mostra que ele é um excepcional jogador de futebol. Ele é o típico atacante de uma escola antiga: pequeno, troncudo e que faz seu ritmo com um grande instinto (de gol). E o que mais (posso dizer)? É aquele cara encantador!.
Mas o que mais me chamou a atenção foi a parte final da coluna sobre a qual assino em baixo e dou os parabéns aos colegas:
Quisemos ouvir o presidente da FIFA por causa de toda a confusão envolvendo os números do atacante. Entendemos que gols oficiais são aqueles marcados em jogos de campeonato e amistosos. Mas essa marca de Romário passou a ser festiva e merece ser comemorada. Vai além do fato do Brasil ser incapaz de fazer uma estatística esportiva confiável. Fosse um país preocupado com a memória de seus ídolos, haveria margem para contestação. Estão aí os gols de Pelé e agora os de Romário para comprovar.
Por tudo que ele fez, Romário merece festejar sua carreira aos 41 anos. É apenas isso. Existem muito mais coisas para nos indignarmos no futebol do que com os mil gols do Baixinho. Com certeza, essa marca não é uma delas.