Política

Augusto José Ariston fala dos seus planos para o Vasco

O advogado Augusto José Ariston anunciou nesta segunda-feira (08), exclusivamente ao Papo na Colina, que será candidato à presidência do Vasco nesta eleição. Além dessa confirmação que disputará o pleito, o presidenciável falou sobre diversas outras coisas para o Portal: comentou sobre seus projetos, ideias para o futebol e esbanjou conhecimento sobre a história do clube.

Vale ressaltar que ele ainda está em processo de construção da chapa e garantiu que tem conversado com muitos beneméritos e pessoas importantes do clube.

Confira a entrevista completa (continuação):

Fabio Torres: Por que decidiu ser presidente do Vasco?

Ariston: Sou torcedor de meio de semana e fim de semana. Sempre que o Vasco joga não saio de frente da TV ou vou ao estádio. E o que vem acontecendo todo fim de semana há tantos anos? Passou de ser momentos de alegria para serem momentos de tristeza por conta do desempenho esportivo do Vasco. Comecei a conversar com vários amigos vascaínos que me estimularam a entrar nesse jogo. Qual é esse jogo? Disputar a eleição. Precisamos de pessoas dedicadas ao clube e que tenham interesse em administrar o clube sem interesse pessoal e somente com interesse clubístico. Clube precisa voltar a ser campeão, honrar com nossas tradições. Deve ser administrado como nossa casa, com carinho, zelo e transparência. O problema do Vasco não é dinheiro, é gestão! Como dizia o velho Brizola, dinheiro não está no cofre, está na cabeça!

Fabio Torres: Qual seus principais objetivos como presidente?

Ariston: Queremos ser campeões, ganhar tudo. Precisamos vencer no Remo também. O Vasco da Gama começou como regatas e nem nisso estamos ganhando mais. Queremos disputar os campeonatos. Todo ano brigamos para não cair! Ninguém escolhe, vive ou se dedica a um time que todo ano briga para não cair.

Fabio Torres: Como fazer isso?

Ariston: Vamos montar um time para disputar em qualquer lugar do mundo. Precisamos parar de vender nossos principais jogadores feitos no clube. A gente vai manter os principais jogadores da base, contratar de dois a três reforços e está feito o time. Vamos instituir o que sempre teve no Vasco, que é mandar jogadores para a Seleção Brasileira.

Fabio Torres: Fale um pouco de como você pensa essa gestão do Vasco...

Ariston: Vamos profissionalizar o clube. Quero pegar profissionais bons de cada área, pegar um bom diretor de marketing, até porque a torcida faz acontecer. Montar um ótimo departamento médico e profissionalizar as coisas. Quero trabalhar com metas a serem alcançadas e bonificação. Vão receber tudo certo. Quero colocar tudo na internet, cada real usado será explicado. O Vasco só não quebrou até agora porque é muito grande!

Fabio Torres: E qual o planejamento para a base?

Ariston: Temos que parar de ficar vendendo jogador do Vasco. Não podemos ter 250 garotos treinando para empresário ganhar dinheiro. Vamos ter os 30 melhores garotos do Rio de Janeiro. Queremos a família junto. Fazer craque para empresário aproveitar não dá! 

Fabio Torres: Algum plano para São Januário?

Ariston: Bom lembrar que o Vasco já foi expulso da Federação e não abriu mão de seus jogadores e Fizeram uma exigência para o Vasco: só pode se matricular se tiver um estádio. A torcida se reuniu  e fez o estádio e o Vasco foi campeão carioca. Minha ideia para o nosso estádio é ampliar para 35 mil e esse projeto vai começar no primeiro dia que eu pisar no clube como presidente. Colocaremos o primeiro tijolo já no primeiro dia! O arquiteto Felipe Mauad já começou a desenhar e fazer a perspectivas. Como teremos um estádio maior, pretendo incluir os jogadores na participação dessa renda. O campo é nosso, precisamos aumentar a capacidade e, tendo um aumento substancial na renda por mês, podemos compor o salários dos atletas com as rendas dos jogos.

Fabio Torres: Tem mais alguma ideia nesse sentido de bonificação para os jogadores?

Ariston: Esses prêmios milionários que os clubes ganham por serem campeões, eu vou dividir com os jogadores. Metade fica para o clube e metade divide entre os atletas. Juntando o salário que eles já ganham, renda do estádio e dividindo as premiações dos títulos, ninguém vai estar pagando mais do que a gente.

Fabio Torres: Tem mais alguma ideia de gerar receita de forma alternativa?

Ariston: Quero fazer eventos em todas as sedes do Vasco, seja na Lagoa, Calabouço, São Januário. Pretendo levar artistas, escolas de samba, feijoadas para fazermos algumas festas bonitas do Vasco. Isso com a torcida participando, se divertindo e deixando dinheiro para fazermos um clube mais forte.

Fabio Torres: Acredita que dá para montar um time forte a partir de 2021?

Ariston: Prometo um time médio a partir de 2021, que nos dê tranquilidade na primeira divisão, enquanto fechamos o estádio a partir de 2021, que será a base para as novas atividades. Já em 2022, vamos ter um time muito forte para ser campeão. Estaremos estruturados para trazer grandes jogadores, teremos algumas revelações e vamos disputar os campeonatos. O que importa para mim é fazer um time competitivo que ganhe os jogos. Tenho o desejo também de montar uma tabela de classificação do nosso time com três divisões: jogadores tops, médios e iniciantes. 

Fabio Torres: Qual seu estilo de treinador preferido?

Ariston: Um técnico moderno, que tenha integração com a equipe e trabalhe 24 horas por dia. Tem que conhecer futebol. Não sei se trazer medalhão é a melhor solução, ganham milhões e as vezes não resolvem. Acredito em um treinador jovem e dinâmico, que queira crescer e que a vida dele demonstre que ele foi competente, de bom caráter e que goste de trabalhar muito.

Fabio Torres: Sua vida financeira está resolvida? Consegue parar por três anos para se dedicar ao clube?

Ariston: Não preciso nem de 1 real do Vasco. Sou empresário, tenho a vida estabilizada, estou tranquilo de vida. Minha mulher trabalha e tem uma vida profissional tranquila também. Não precisamos do Vasco da Gama para viver. Dinheiro do Vasco é sagrado!

Fonte: Papo na Colina
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